Caio Paduan diz que Carrasco abordou temas para uma sociedade machista, racista e homofóbica
Intérprete de Bruno diz que se identifica com a ética de seu personagem
Ainda tem muito drama por vir na reta final de "O Outro Lado do Paraíso", que acaba no próximo dia 11 de maio. Mas, um dos casais com final feliz praticamente garantido é Bruno (Caio Paduan) e Raquel (Erika Januza), que sofreram com o distanciamento e a separação por conta do preconceito da família do delegado.
Enquanto se preparam para o casamento, no entanto, algumas questões devem voltar à tona. "A história do Bruno e da Raquel é muito profunda, principalmente por conta das idas e vindas ao longo da trama. Acredito que ainda há algumas questões para eles se acertarem, principalmente a Raquel, que foi quem mais sofreu", disse o ator em entrevista ao F5.
Para Caio, a convivência com uma família complicada colocava Bruno em situações muito delicadas —que não eram fáceis de ser interpretadas. "As cenas de racismo são muito fortes, principalmente quando me coloco no lugar do Bruno, aonde esse problema vem de dentro da casa dele, vem de pessoas que ele ama e um dia admirou."
Em seu núcleo a personagem de Erika Januza sofre preconceito de sua própria família, que é extremamente racista. O ator afirma que se sente feliz com os rumos da novela e as críticas sociais levantadas pelo autor, Walcyr Carrasco.
"Abordamos assuntos necessários para uma sociedade machista, racista e homofóbica. Isso reverberou muito e atingiu diversas pessoas, o que, como ator, só me alegra. Gosto de fazer trabalhos que tenham uma mensagem importante por trás."
'FOI UM PRESENTE PARA MIM'
Caio Paduan começou na TV em 2011, quando foi escalado para a 19ª temporada de "Malhação". Participou de "Além do Tempo" em 2015 e, em seguida, foi convidado para viver o vilão Alexandre Palhares em "Rock Story", em 2016.
Em 2017 começou a gravar "O Outro Lado do Paraíso". Na pele do delegado Bruno, Caio interpreta um mocinho ético e justo, mais maturo e muito diferente de seus personagens anteriores. "A novela foi um grande presente para mim, tanto como artista quanto como pessoa."
Ele conta que se identifica em alguns pontos com seu personagem —sendo a ética profissional um deles. Caio diz que tenta ser o mais correto e justo possível no seu cotidiano, sem perder, no entanto, a capacidade de autoanálise. "Estamos em constante aprendizado e evolução", comenta.
"Geralmente eu prefiro manter uma distância, tanto por ser mais fácil me desvencilhar depois quando projeto acaba, mas nesse caso quero manter muito do que aprendi com o Bruno."
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