Carolina Ferraz critica 'cultura do estupro e da impunidade'
Carolina Ferraz estreia nesta terça (31), no papel de Penélope em "Haja Coração", mas a divulgação da novela e da personagem acabou ficando em segundo plano durante sua participação no "Encontro" desta manhã.
A atriz, que aos 48 anos é mãe de duas meninas, Valentina, 21, e Isabel, de apenas um ano, comentou o caso de estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos que abalou o país.
"Além da cultura do estupro, que precisa ser corrigida, é a da impunidade. Esses garotos só publicaram isso porque tinham certeza que nada ia acontecer", apontou Carolina.
"O que mais me choca, além da violência em si, é que isso deve acontecer diariamente, nas favelas, aqui do nosso lado e a gente não sabe", completou.
Malu Mader, que volta às novelas após um hiato de três anos para viver a arquiteta Rebeca, fez coro ao que Carolina defendeu. Para ela, "a cultura do estupro é a cultura do machismo, basicamente".
"É uma violência absurda, animal, contra a mulher", desabafou a atriz. "Mas muita gente não denuncia porque é desaconselhada por familiares e advogados por medo do constrangimento que a mulher vai passar", avaliou.
Ellen Roche, que também estava presente na atração para divulgar a novela, foi mais comedida em suas avaliações. Para a atriz, que viverá uma ex-BBB fracassada na trama, "além da falta de educação, há uma banalização da sexualidade".
"Existe uma coisa nossa mesmo, que é o medo do assédio", disse a musa, que confessou se preocupar com as roupas que veste para evitar situações de constrangimento.
As atrizes viverão três amigas em "Haja Coração", que, em decisão atípica da Globo, estreia em uma terça-feira.
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