Malvino Salvador dá toque de 'mocinho' a personagem que foi de Alexandre Frota
Quando “Sassaricando” foi exibida pela primeira vez em 1987, Malvino Salvador era fã assumido da trama de Sílvio de Abreu e se divertia assistindo às confusões e ciúmes do casal Tancinha (Claudia Raia) e Apolo (Alexandre Frota).
Quase trinta anos depois, o ator interpretará Apolo em “Haja Coração”, releitura de “Sassaricando”, de autoria de Daniel Ortiz. Nessa versão, Apolo e Tancinha (Mariana Ximenes) continuam apaixonados e com sangue quente, mas contam uma nova história em relação ao texto original.
“Algumas pessoas podem lembrar, mas construímos do zero, sem ter preocupação do que os outros atores estavam fazendo. A história é nova. O Daniel pegou a história e criou a dele", conta Malvino ao "F5".
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"O Apolo mudou o perfil em relação ao que era na primeira novela. Não sei exatamente o que é, mas, na primeira versão, ele tinha mais características de antagonista. Aqui ele não é antagonista, é mais mocinho”, explica.
Além de ter perdido as características de antagonista, Apolo também terá outra paixão, por Tamara (Cleo Pires). Os dois vão se conhecer como rivais nas corridas de carro e vão se aproximar à medida que o irmão de Tamara, Beto (João Baldasserini) começar a investir em Tancinha.
“A Tamara vai embolar o caminho dele. O ciúme do Apolo se inicia quando a Tancinha se aproxima do Beto, que se aproveita da ingenuidade dela. Isso provoca um ciúme no Apolo e um afastamento no casal. Uma hora, a Tamara vai se aproximar dele e nesse meio do caminho, o Apolo arrasado, deprimido, encontra a Tamara, que é corredora na equipe rival dele. Eles começam a competir e ela começa a ganhar dele. Essa rivalidade vai dar um tesão entre eles”, adianta.
Casado com a lutadora Kyra Gracie, o ator diz que, ao contrário do seu personagem, aprendeu a domar o ciúme na relação através da confiança e que não conseguiria se relacionar com uma mulher ciumenta ao extremo.
“Um ciúme leve não tem problema nenhum, todo mundo é de carne e osso. Mas uma pessoa ciumenta que fica infernizando a vida, cai fora. Já estaria longe há muito tempo. Tenho uma mulher que não tem nada disso e eu também não sou nada disso. Dou total liberdade para minha mulher fazer o que ela quiser, até por que ela tem respeito e me proporciona confiança, então não tem por que ter ciúme. Da mesma forma, eu procuro fazer por onde para que ela tenha confiança em mim. O Apolo é o oposto. É maluco, ciumento para caramba, doido", brinca.
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