'Não existe crime perfeito e sim má investigação', diz Marcello Novaes sobre 'Dupla Identidade'
Durante a fase de preparação para viver o delegado Dias de "Dupla Identidade" (Globo), Marcello Novaes acompanhou de perto a rotina de policiais em delegacias de São Paulo, uma experiência que o deixou abalado com as situações chocantes que presenciou.
Em contrapartida, o laboratório mostrou ao ator que existem muitos delegados tão dedicados quanto seu personagem é na ficção.
"Conheci delegados maravilhosos, pessoas competentes, dedicadíssimos ao trabalho. A gente tem uma imagem da polícia bem deturpada. Em toda profissão tem os bons e os ruins. Existem delegados maravilhosos, é muito bom descobrir isso", lembrou Novaes.
Na série de Glória Perez, Dias tem uma carreira exemplar na polícia e quer chegar ao cargo de Secretário de Segurança. Porém seus planos ficam em suspenso com o surgimento de uma série de assassinatos, para o qual a psicóloga forense Vera (Luana Piovani), sua ex-namorada, é recrutada para ajudar.
"É um caso extremamente difícil para ele, por que é muito inteligente, faz com muita astúcia, muita proeza o que ele faz. Não existe crime perfeito e sim uma má investigação", defende o ator.
Observando a rotina dos delegados, Novaes destacou as longas jornadas de trabalho exigidas na resolução de um caso, e lembrou já ter tido experiências semelhantes durante "Avenida Brasil" (2012), quando perdeu eventos familiares por conta da rotina de gravações.
"Eles ficam acordados 18, 20 horas, dormem 4 horas por dia. Eles não têm vida durante o caso. A partir do momento que um delegado assume uma investigação, ele é responsável por ela até o fim da vida. Se 20 anos depois descobrirem que houve algum erro, ele paga. Por isso ele tem uma responsabilidade muito grande ao apontar um culpado", explica.
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