Gravadora nega que proibiu Taylor Swift de cantar suas músicas antigas
Empresários criticam desabafo da cantora durante período de negociação
A Big Machine Record, administrada por Scott Borchett a e Scooter Braun, negou que proibiram a cantora Taylor Swift de cantar alguns de seus grandes sucessos em apresentações gravadas, como o American Music Awards (AMA), que acontece no próximo dia 24, e no qual ela será homenageada. Ela deixou a gravadora no ano passado.
A cantora ainda disse que a dupla estaria proibindo a Netflix de usar as músicas antigas dela em um documentário que está sendo produzido sobre sua vida.
“Em momento algum dissemos que Taylor não poderia atuar nos AMAs ou levar à frente o seu especial da Netflix. Na verdade, não temos o direito de impedi-la de se apresentar ao vivo em qualquer lugar ”, afirma o comunicado divulgado no site da gravadora. "Desde a decisão de Taylor de deixar a Big Machine no ano passado, continuamos atendendo a todos os pedidos dela para licenciar seu catálogo a terceiros."
Eles afirmam que as conversas estavam avançando até que a cantora fez esse desabafo público. "Taylor tomou uma decisão unilateral na noite passada para recrutar a sua base de fãs de uma maneira calculada que afeta muito a segurança de nossos funcionários e suas famílias”, dizem os empresários no comunicado. “Taylor, a narrativa que você criou não existe. Tudo o que pedimos é ter uma conversa direta e honesta".
Em resposta ao comunicado, os empresários de Swift afirmaram ao site da Entertainment Weekly que a cantora recebeu uma carta da gravadora dizendo que eles "não concordariam em emitir licenças para gravações existentes ou renunciariam às restrições de regravação relacionadas a esses dois projetos: O documentário da Netflix e o evento Alibaba Double Eleven."
ENTENDA O CASO
Em julho deste ano, Swift usou as redes sociais para publicar uma carta aberta ao empresário Scooter Braun, que acabara de comprar a Big Machine Records, gravadora que detém a maioria das gravações da cantora.
A venda, segundo a revista norte-americana Variety, não teria sido informada à artista, que já tem um histórico de problemas com Braun –na carta publicada, ela diz que teria vivido anos de "bullying e controle obsessivo" sobre a sua carreira, e que por isso está "triste e atordoada" com a novidade.
“Por vários anos eu pedi e implorei por uma chance de ser dona do meu próprio trabalho. Ao invés disso, eu tive a oportunidade de renovar com a Big Machine Records e ‘ganhar’ um álbum de volta de cada vez, um para cada novo que eu entregasse. Eu fui embora porque sabia que uma vez que assinasse esse contrato, Scott Borchetta venderia a gravadora, vendendo assim a mim mesma e o meu futuro", escreveu na carta, publicada em sua conta na rede social Tumblr.
"Tive que fazer a escolha excruciante de deixar para trás o meu passado, canções que escrevi no chão do meu quarto e vídeos que sonhei e paguei com o dinheiro que ganhei tocando em bares, depois em clubes, depois em arenas e depois em estádios", continua.
Sobre a compra da gravadora, ela diz que, quando soube, "tudo o que eu conseguia pensar era no incessante e manipulador bullying que sofri em suas mãos por anos".
Swift disse que o nome do rapaz, para ela sempre era associado a algo ruim e motivo de choro. "É o que acontece quando você assina um contrato aos quinze anos com alguém para quem o termo ‘lealdade’ é claramente apenas um conceito contratual. E quando esse homem diz que ‘a música tem valor’, ele quer dizer que seu valor é devido a homens que não participaram da criação."
Sabendo da repercussão, famosos começaram a tomar partido na briga, especialmente para o lado de Swift. A imprensa norte-americana noticiou que Miley Cyrus, Britney Spears, Nicki Minaj, Rihanna, Katy Perry e Billie Eilish deixaram de seguir Braun nas redes sociais; já outros, como Iggy Azalea, se manifestaram com mensagens de apoio a Swift. A cantora também acusou Braun de incentivar atitudes de Kanye West, Kim Kardashian e de Justin Bieber contra ela.
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