Música

Marília Mendonça transforma megaturnê em série: 'Sempre sonhei em conquistar o Brasil'

Projeto 'Todos os Cantos' chega a Globoplay no dia 13 de setembro

Marília Mendonça no laçamento da série documental de sua megaturnê "Todos os Cantos"
Marília Mendonça no laçamento da série documental de sua megaturnê "Todos os Cantos" - João Sal/ Divulgação
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Eligia Aquino Cesar
São Paulo

Apesar de estarem sempre na estrada, não são todos os artistas que conseguem levar uma turnê a todos os estados do Brasil. A rainha da sofrência, Marília Mendonça, 24, conseguiu. Levou o projeto “Todos os Cantos” para todas as 27 capitais do país e agora se prepara para entrar em todas as casas. 

A série documental “Marília Mendonça - Todos os Cantos” estreará dia 13 de setembro no Globoplay, plataforma de streaming da Globo, mostrando a cantora antes da fama, seu contato com os fãs e os bastidores desse trabalho que já gerou dois álbuns de músicas inéditas, entre as quais “Bem Pior que Eu” e “Ciumeira” que já são sucessos. 

“Todos os Cantos” nasceu do desejo de Marília de agradecer ao público que a segue e que ajudou a torná-la o fenômeno musical que é hoje. A ideia era, não só, fazer shows gratuitos por todo o país, mas também participar da divulgação de tudo isso feita principalmente na rua, no corpo a corpo com o público. 

“Essa coisa da proximidade e da panfletagem foi um sonho que eu tive. Literalmente dormi a tarde e sonhei que eu divulgava meu próprio show. Sonhei com isso e estou muito feliz”, afirmou ela, que conseguiu fazer essa divulgação principalmente no Pará, onde ocorreu o primeiro show, depois ficou mais difícil, atraindo mais e mais pessoas. 

Com o sucesso da turnê, a equipe teve, inclusive que repensar a estrutura do evento, que não conta com apoio das prefeituras locais. “Tivemos que adotar uma partezinha onde agradeço e falo para a galera que estamos dando esse show de presente, meu escritório e eu, que precisamos contar com a educação deles. É um evento muito grande, colocamos 100 mil pessoas em Brasília. Jamais imaginaria isso, nunca conseguiria contratar um segurança para cada dez pessoas ali”, relembrou a artista. 

Marília afirma que se incomoda com o hábito de alguns contratantes de colocarem camarotes e mesas na frente do palco. Para ela, o artista quer cantar para o público que realmente quer ouvi-lo. “Queremos cantar para quem vai estar cantando junto, vai se esgoelar, para quem está ali e aquele é o momento da vida dele. Isso tem sido muito legal para mim, dar a oportunidade a essas pessoas de participar”. 

Outro exemplo citado pela artista são as pessoas que vão ao seu camarim por status, e não porque admiram seu trabalho, enquanto os verdadeiros fãs nem sempre têm essa chance. “Batalho muito com isso, em pequenas coisas, atendendo aos fãs clubes. Nomeei alguns representantes de fãs-clubes que falam ‘tem tantas pessoas dos fãs-clubes no seu show hoje’, atendo todas quando posso, se não houver imprevisto algum”.

Com apenas quatro anos de carreira, Marília escolheu começar a turnê no Norte e Nordeste do país por ser regiões que ela conhecia menos, apesar de ter ritmos locais como referência, como o forró e o brega ”Eu falava ‘quero cantar para essa galera, esse povo que canta junto comigo, sabe? Quero a energia quente dessas pessoas’”, recorda. 

Marília conta que descobriu a gravidez, agora com cinco meses, durante uma pausa do “Todos os Cantos” para cumprir a agenda de shows. Agora, ela diz que o projeto terá que passar por algumas adequações, mas garante que vai continuar gravando até a chegada do bebê, que ela já chama de Léo.  

“Vivi uma vida dentro do projeto. Cheguei com um peso, emagreci 20 quilos, fiz uma cirurgia plástica, agora estou grávida e de repente tenho um filho dentro do projeto. Também desejo gravar depois que o Léo nascer. Quero viver dentro desse grande projeto da minha vida que é o ‘Todos os Cantos’”. 

Ainda faltam dez shows para que o projeto seja concluído e Marília já adiantou que tem muita sofrência vindo pela frente. “A segunda parte do ‘Todos os Cantos’ está muito pior que a primeira. Muita coisa muito mais sofrida do que a primeira parte, que tem mais musiquinhas animadas e tal, a segunda não”, revelou, entre risos.

Para a cantora, ter uma carreira internacional a deixaria feliz, mas não é um objetivo. “Nunca tive essa coisa de ficar olhando tanto para fora. Acredito que isso seja um passo para todo o artista, mas sempre tive o sonho de conquistar o Brasil, que, para mim, sempre foi o mais legal do rolê”, concluiu Mendonça.

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