Roberto Carlos usa camisa rosa e fala de porte de armas: 'Vivemos uma guerra'
Cantor fez balanço do projeto Emoções em Alto Mar, que completa 15 edições
Roberto Carlos, 77, que surpreendeu ao aparecer na coletiva de imprensa de seu cruzeiro Emoções em Alto Mar usando uma camisa rosa, na tarde deste domingo (17), não fugiu nem das perguntas mais espinhosas dos jornalistas.
Questionado sobre a sua opinião sobre a flexibilização do porte de armas, ele disse que provavelmente decepcionaria algumas pessoas.
"Vivemos uma guerra com um lado armado e outro desarmado que é o nosso. Mas para se ter uma arma é preciso critérios muito rígidos."
A questão foi levantada devido ao decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em janeiro que facilita a posse de armas no Brasil.
Roberto Carlos contou que seu pai tinha uma arma em casa e essa era a forma dele de proteger a família. O objeto ficava trancado em uma gaveta.
O cantor também fez um balanço do projeto Emoções em Alto Mar, que está em sua décima quinta edição.
"Esses quinze anos foram maravilhosos. Esse projeto realmente me dá muito prazer em fazer. Só tenho a agradecer ao público que me prestigia e que me acompanha. Trinta por cento das pessoas que estão aqui já vieram outras vezes. São muito fieis."
Entre as personalidades convidadas pelo rei para assistir ao seu show, estavam as jornalistas Renata Ceribelli e Renata Capucci, a atriz Taís Araújo e a cantora Paula Toller.
Cavalcante, que está presente em todas as edições do evento desde a sua estreia, em 2004, falou sobre a amizade com Roberto Carlos.
"É impressionante como ele cultua os grandes amigos. Ele está presenteando cerca de 50 amigos com o show dele hoje. Ele tem essa fidelidade. Eu vim em todas as edições. Passou rápido. Estamos debutando. São quinze anos. Ele estava chiquérrimo com aquela camisa rosa na coletiva", disse.
O rei comentou sobre o look usado no evento, que aconteceu no Rio. "Estou tentando fugir um pouco do azul porque já estava enjoando, e estou vestindo rosa porque me garanto muito como homem", disse em alusão à polêmica envolvendo a ministra Damares Alves.
Logo após assumir o cargo, no começo de janeiro, a advogada e pastora evangélica gerou indignação ao dizer que as cores azul e rosa deveriam estar destinadas a homens e mulheres, respectivamente. "Atenção, atenção. É uma nova era no Brasil. Menino veste azul e menina veste rosa", disse na ocasião.
Muito assediado pelo público feminino, Roberto Carlos garantiu que "seu coração está aberto".
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