Hungria defende que rap também pode tratar de realidades alegres
Rapper já se apresentou no Japão e gravou com Luan Santana e Mano Brown
Dono dos sucessos "Beijo com Trap" e "Coração de Aço", Gustavo da Hungria Neves, 27, mais conhecido pelo nome artístico Hungria Hip Hop, defende que é possível fazer rap sem focar nas notícias ruins.
O rapper se baseou nas suas experiências de vida para gravar seus quatro discos que, em suas palavras, “são sobre a quebrada, onde as pessoas viviam com pouco mas eram felizes”.
“O rap veio em uma ascensão que falava de notícias ruins, e eu consegui mostrar que de onde a gente vem, também há coisas alegres para se falar”, defende.
Natural de Brasília, Hungria começou a escrever músicas aos nove anos, gravou pela primeira vez aos 14 e, desde então, não parou. A trajetória no mercado musical já soma 14 anos, nos quais já teve a chance de dividir produções com Lucas Lucco, Gusttavo Lima, Luan Santana e o DJ Bhaskar. Também estuda uma parceria musical com Mano Brown, com quem gravou “Beijo com Trap” ao lado do falecido Mr. Catra.
“Hoje o rap está presente em tudo. Costumo dizer que sou do rap mas sou da música, gosto de outros estilos. Tenho vontade de gravar com Nando Reis, por exemplo", conta.
Ele diz que, no início, por ser muito novo, teve pouco apoio para investir na carreira, mas que isso mudou rapidamente. "Assim que terminei o terceiro ano do colégio, vi que nada me faria feliz, a não ser a música.”
O momento foi tão decisivo que “Lembranças”, música que fala sobre sua história de vida e seus sonhos quando ainda era menino, é a que mais o emociona. O hit já esteve na trilha sonora de “Malhação”.
Afeiçoado ao estilo do rap, previsto em seu primeiro sucesso “Hoje Tá Embaçado”, Hungria se inspira em Justin Timberlake, Snoop Dogg e Eminem para dar o tom musical. Apesar disso, já explorou outros estilos, como o sertanejo.
CONQUISTAS
Neste ano, ele foi vencedor da categoria Beat BR do MIAW MTV 2018 com a música “Coração de Aço”, e da categoria Experimente no Prêmio Multishow 2018.
Com fãs no oriente, o rapper também foi convidado a tocar no Japão. “É gratificante saber que a sua música toca, literalmente, no outro lado do mundo”, diz. Agora concilia a agenda para se apresentar nos Estados Unidos e Europa, em breve.
Enquanto isso, prepara-se para lançar uma nova música neste mês, afirmando que os projetos não param nunca. “O sonho é nosso combustível. Quando a gente para de sonhar, para de evoluir e até de ser feliz", diz.
Além de cantor, Hungria tem seu lado empreendedor. Recentemente lançou sua própria loja online de roupas, que entrega para todo o Brasil, e teve o seu sobrenome emprestado para uma marca de essência de narguilé. “Vivo do que eu crio”, garante.
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