Música

Compositora de 'Despacito' diz que música não pode ser usada por Maduro com fins políticos

Erika Ender, compositora de despacito, no programa "Mariana Godoy Entrevista", na RedeTV!
Erika Ender, compositora de despacito, no programa "Mariana Godoy Entrevista", na RedeTV! - Divulgação / RedeTV!


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A compositora panamenha Erika Ender, 42, é a mulher por trás do sucesso "Despacito", que ultrapassou mais de 3 bilhões de visualizações no YouTube. Assim como o cantor Luis Fonsi, ela diz que não aprovou o uso da música para fins políticosO hit estava cotado para ser jingle da campanha de Nicolás Maduro, para promover uma assembleia constituinte na Venezuela.

"Quando lançamos uma música, ela se torna do mundo e não podemos proibir nada. Agora usá-la para propaganda política, sem permissão, não", disse a cantora em entrevista à jornalista Mariana Godoy, no programa "Mariana Godoy Entrevista", da RedeTV!, na sexta (11) passada.

A música, conhecida na voz de Luis Fonsi e Daddy Yanke, também conta com uma versão de Justin Bieber, e continua em 1º no Top 100 da Billboard, mesmo depois de 6 meses de seu lançamento. Além disso, a composição é a primeira música em espanhol desde "Macarena" a chegar no topo das paradas nos EUA.

Erika não quer compactuar com a campanha de Maduro e, por isso, não endossou o uso da música como jingle eleitoral. "O fato de ter uma obra que faço parte gerando dor em alguém é ruim. Há muitas pessoas morrendo, falta de liberdade de expressão, famílias se separando, então isso me dói", disse ela.

A cantora panamenha não esperava pelo grande retorno financeiro com o sucesso do single. "Já tenho 25 anos de carreira e obviamente vivo disso e vivo bem. Mas 'Despacito', de todos nós que estamos envolvidos, ninguém esperava o que está acontecendo e ninguém esperava tanta grana", disse ela.

Sobre a letra, Erika explica que se preocupou em elogiar a mulher de forma educada e respeitosa. O gênero da música, conhecido como "urbano" costuma retratar a figura feminina sob um tanto quanto machista. 

"Não tenho problema com gêneros, mas tenho problema com a mensagem que está dentro dele, esse costuma ser um pouco agressivo com a mulher e sou uma mulher de valores. Por isso era muito importante para mim entrar na tendência, sabendo respeitar com algo de classe. Se formos reparar, chega a ser uma poesia", disse.

A entrevista completa pode ser vista no site do programa "Mariana Godoy Entrevista", da RedeTV!.

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