MC Guimê vira modelo e inspira grife com estilo ousado para o Osasco Fashion Week
'Sempre quis quebrar paradigmas com minhas roupas e tatuagens', diz músico
MC Guimê, 27, costuma fazer shows e aparecer em eventos e em programas de TV sempre na estica. Com etilo próprio, ele gosta de mostrar a que veio e passar mensagens com o jeito de se vestir. E é todo esse conceito que o artista quer levar para o Osasco Fashion Week, evento de moda idealizado por Rodrigo Dantas, o irmão dele, que contará com a presença do próprio funkeiro.
Para a terceira edição do encontro, que espera receber até 8.000 pessoas em quatro dias de evento, uma grife se inspirou no estilo de Guimê para pôr na passarela looks que mostram a irreverência e a ousadia do músico. Tudo, claro, bem alinhado aos gostos e aos pitacos do próprio MC.
“Eu vou querer trazer um pouco de Guimê para a passarela. A gente mistura peças glamourosas com outras mais street, moda de rua mesmo que dá um contraste legal e elegante. Gosto muito de social com tênis, por exemplo, e das cores vermelha e preta”, adianta o artista sobre o que poderá ser visto.
O gosto dele por moda é antigo. “Sempre gostei de me vestir e olhar no espelho e me sentir bem. Já trabalhei com vários estilistas para os loks dos meus shows, mas 80% dos figurinos fui eu quem decidiu. Meu closet é um parque de diversões”, brinca o artista.
O evento começa nesta quinta-feira (12) com o desfile de Guimê e de sua marca. Os demais não serão inspirados nas roupas do músico. Apesar disso, diz Rodrigo, Guimê é o rosto do evento e inspira o Osasco Fashion Week como pessoa que venceu na vida após ter uma infância difícil. Ele nasceu prematuro e teve problemas, os médicos não sabiam se ele conseguiria andar, e falar por exemplo.
“Eu sou viciado em roupas. Tenho uma coleção com pelo menos 200 pares de tênis e 200 bonés. Ganho muita coisa também e sempre faço doações. Minha esposa [a cantora Lexa] já está brava comigo, estou arrumando treta, porque tem roupa minha até nos armários dos quartos de hóspedes”, ri o cantor, que diz que poderia usar praticamente um tênis por dia sem repetir durante o ano, mas adora usar os mesmos.
O sonho de Guimê é até o final de 2020 assinar com marcas famosas para colocar seu nome em algumas peças que são vendidas pelas empresas. Mas ele também quer investir em uma marca própria de roupas a médio prazo.
“Eu sou viciado em roupas. Tenho uma coleção com pelo menos 200 pares de tênis e 200 bonés. Ganho muita coisa também e sempre faço doações. Minha esposa [a cantora Lexa] já está brava comigo, estou arrumando treta, porque tem roupa minha até nos armários dos quartos de hóspedes”, ri o cantor, que diz que poderia usar praticamente um tênis por dia sem repetir durante o ano, mas adora usar os mesmos.
O sonho de Guimê é até o final de 2020 assinar com marcas famosas para colocar seu nome em algumas peças que são vendidas pelas empresas. Mas ele também quer investir em uma marca própria de roupas a médio prazo.
“Eu sempre quis quebrar paradigmas com minhas roupas e tatuagens. Ouvia que por ser funkeiro eu tinha que usar certo tipo de roupa, mas eu nunca me baseei nisso para fazer minhas referências. Gosto de ficar
de olho nas paradas que saem na moda na gringa e já quero comprar e usar aqui no Brasil. Sempre tive uma visão futurista da moda”, destaca.
O Osasco Fashion Week chega à sua terceira edição entre os dias 12 e 15 de março. São 80 marcas confirmadas para estampar suas roupas e adereços nos quase cem desfiles, que contarão com cerca de 500 modelos. Quem quiser conferir paga uma taxa de R$ 35 por sala, com direito a ver quatro desfiles. É preciso pegar os convites na hora.
A ideia de Rodrigo Dantas é fazer desfiles com bastante diversidade no qual terão com pessoas de todas as idades, tamanhos e gêneros. Haverá até recém-nascidos na passarela com peças de roupas para essa faixa etária.
“Vejo a moda como algo a mais do que as roupas, mas como uma forma de elevar a autoestima, de inspirar e lutar contra o preconceito. Não usamos modelos tradicionais que sigam um padrão de beleza, mas aqueles que sonham”, reforça Dantas.
Uma das modelos que marcará presença em um dos desfiles é Maju de Araújo, 17, que tem síndrome de Down. De acordo com a mãe dela, Adriana, Maju é um milagre divino, já que quando menor teve muitas
complicações decorrentes de uma meningite bacteriana e os médicos diziam que ela teria membros amputados. Hoje, saudável e modelando há um ano e meio, se diz ansiosa para subir na passarela do Espaço Borborema. “Estou muito feliz”, conta.
No dia 25 de março, diz o cantor, haverá um leilão beneficente com as roupas usadas no desfile, cuja a renda obtida será integralmente revertida para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
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