Guimê renova fé em Deus e terá livro pelos 10 anos no funk: 'Grato do alimento à joia que uso'
Cantor quer lançar ainda clipe e música neste ano e vai entrar na moda em 2020
Comemorando dez anos de carreira no funk, MC Guimê, 27, diz ser hoje um outro homem. Tatuado dos pés à cabeça, com imagens marcadas até em regiões inusitadas como nas pálpebras, o artista revela que renovou a sua fé em Deus e que amadureceu quando emplacou os primeiro hits, “Tá Patrão” e “Plaquê de 100”, entre 2011 e 2012.
“A primeira coisa é que eu me tornei um cara mais sábio, mais paciente e com muito mais fé. Quando tudo dá certo você fica tão louco que se distancia de Deus. Foi o que rolou comigo. Mas Deus me mostrou que estava comigo nos momentos bons e ruins”, diz o cantor, que recentemente celebrou quatro anos de união com a cantora Lexa, e foi confundido com MC Gui em uma polêmica que tirou dele muitos seguidores.
Guimê afirma que no começo da carreira via tantos problemas ao redor que começou a ficar descrente. Aliás, se havia uma meta de vida para aquele jovem cantor de Osasco (Grande SP), era conseguir ser alguém para poder tirar a família da situação difícil à qual se encontrava.
"O sonho de me tornar artista, algo tão diferente, era para eu poder salvar a minha família. Meus pais moravam de aluguel e eu não tinha condições de ter o que queria nem de ajudar com grana. Ganhava um salário mínimo. Precisava fazer algo que desse muito certo. E graças a Deus, com a música, pude dar casa, carro e tudo para eles”, diz Guimê, que se converteu evangélico no dia 10 de novembro. "Hoje não reclamo de nada. Sou grato do alimento à joia que eu uso", completa o músico.
As duas canções “Tá Patrão” e “Plaquê de 100” foram as primeiras a terem uma excelente performance no YouTube. Hoje, juntas, somam mais de 115 milhões de visualizações na plataforma, que tem clipes nos quais o cantor ostenta carros luxuosos, dinheiro e belas mulheres.
A canção seguinte que explodiu e consolidou o funkeiro definitivamente na cena musical brasileira foi “País do Futebol”, que contou com as participações de Emicida e Neymar. Àquela altura, em meados de 2013, Guimê já era conhecido e atingia o auge de sua trajetória até então curta. "Nesses dez anos aprendi e evoluí muito com toda a experiência. Ter vivido esses sonhos foi obra de Deus. Firme na caminhada."
Os últimos trabalhos de Guimê já mostram uma mudança de foco em seu estilo. Uma das últimas canções a serem lançadas foi "Já Sofri Hoje É Risada", em setembro de 2019, com uma pegada mais para o hip-hop e que fala muito em sonhos, crescimento e superação, temas que Guimê garante que vão aparecer cada vez mais em suas letras.
No refrão, os trechos "Já sofri, hoje é risada / Fé na sua caminhada / Brinde para nossa quebrada”, vão ao encontro de toda a trajetória que o artista se orgulha de ter vivido. No começo de novembro, Guimê se aventurou no Trap com “Paparazzi”, um rap mais melódico e eletrônico que também passa mensagens fortes. E ele promete mais novidades musicais.
“Já havia passado do tempo de eu colocar meus lançamentos no eixo, de forma mais planejada. Estou feliz com a repercussão das duas músicas mais novas e até o final do ano vou lançar mais uma. Também virá o clipe de ‘Paparazzi’”, adianta. "Cada dia eu me cobro mais e tenho mais cuidado para ser mais perfeccionista. Com ‘Paparazzi’ eu queria mais um som dançante, de pista", complementa.
DEZ ANOS NO FUNK
Além da parte musical, Guimê afirma que vai lançar um livro para mostrar sua trajetória de dez anos na música, em 2020. "Ainda está muito no ar, mas será algo grandioso. Os fãs vão poder ler mais sobre as minhas experiências, o passo a passo da carreira, como foi sair da quebrada humilde de Osasco e trombar o Dr. Dre [rapper] em Los Angeles e ser entrevistado pelo Jô Soares."
Para o cantor, esses encontros, respectivamente em 2014 e 2015, foram a realização de dois de seus sonhos e que só foram possíveis graças à música. Ainda não há data de lançamento do livro nem outros detalhes, tudo ainda é embrionário.
Um DVD com músicas de toda a carreira do artista está previsto para ser gravado e lançado em 2020. O período de comemorações, diz Guimê, vai de agosto de 2019 ao mesmo mês de 2020. "Quero cantar coisas de todos os anos de uma forma mais atual."
Não bastasse tantos projetos, Guimê adianta que deve entrar no ramo da moda. Em fevereiro de 2020, transformará a cidade de Osasco em passarela com o Osasco Fashion Week. Um estilista usará Guimê como inspiração, e o artista vai aliar seu nome a uma grife, além de desfilar na passarela.
"Eu sou muito ligado à moda e a Osasco. Sempre fui bem cuidadoso nos 'looks' e sou eu quem os define. Quando vejo que não tenho uma parada legal para usar, eu corro e compro. Os 'looks' do desfile terão a minha visão de estilo e vão expressar o que eu curto. A grife não é minha, mas eu vou ser a cara da parada, uma referência", conclui.
Comentários
Ver todos os comentários