Papo de Teatro: 'Barnum: O Rei do Show' leva aos palcos a magia do circo
Musical está em cartaz em São Paulo até novembro
Musical está em cartaz em São Paulo até novembro
A plateia prende a respiração em vários momentos do espetáculo "Barnum: O Rei do Show", com acrobacias e malabarismos circenses, tudo para contar a história real do showman americano Phineas Taylor Barnum (Murilo Rosa), que revolucionou o entretenimento e o circo no século 19.
Mas por trás do famoso showman está sua mulher, Charity Hallet (Kiara Sasso), que além de apoiá-lo em suas ambições artísticas, demonstra no espetáculo ter atitudes feministas, como quando ela rejeita um colar de pérolas do marido, que tentava fazer uma "chantagem barata". É uma das cenas que mais arrancam aplausos da plateia.
"Ela é uma mulher muito madura, uma ativista feminista no século 19 e com o pé muito no chão. Ela é incrível", afirma Kiara Sasso em entrevista ao Agora, atriz que já protagonizou musicais como "O Fantasma da Ópera", "A Bela e a Fera" e "Mamma Mia!".
Kiara não realiza acrobacias, mas se destaca pela voz marcante e suave, e por sua atuação impecável. "Apesar de eu não fazer nenhuma acrobacia em cena, os meus desafios foram todos concentrados na construção da personagem, pois foi preciso dar um peso grande para ela", diz Kiara.
A atriz cita os demais companheiros de palco que arriscam acrobacias, como Murilo Rosa, que atravessa uma corda bamba, deixando a plateia em silêncio absoluto.
"O elenco se dedicou a aprender coisas novas, como malabares e trapézio, e eles treinaram muito durante a época dos ensaios, o que certamente deixou o trabalho mais desafiador para todos", conta a atriz.
A peça foca no casamento do visionário empresário com Charity, sem esquecer do relacionamento extraconjugal dele com a famosa cantora Jenny Lind (Giulia Nadruz, de musicais como "Chaplin" e "Fame"), com quem ele sai em turnê pelos Estados Unidos.
A ambição de Barnum em montar um museu de "freaks" também conduz a trama. Foi ele que introduziu no circo figuras como a mais velha do mundo, trapezistas, anões, animais selvagens e todo tipo de atrações.
Outro destaque é a personagem é Joice Heth, "a mulher mais velha do mundo" e a Cantora de Blues do Black and White, interpretadas por Diva Menner, primeira mulher transexual a participar do The Voice Brasil (Globo).
Kiara Sasso finaliza lembrando ao respeitável público: "O teatro voltou, voltem ao teatro!".
Quatro mulheres que trabalham em teatro, três atrizes e uma camareira, dividem histórias divertidas (outras com uma pitadinha de dramalhão) na comédia "Benditas Mulheres", com direção de Elias Andreato e texto de Célia Forte.
Com sua experiência no ramo do teatro --assunto que domina há anos-- Célia nos leva à coxia de uma peça prestes a estrear. As ideias estão borbulhando, o ensaio atrasado e falta ainda escalar uma das atrizes para o papel de uma idosa de 80 e poucos anos, que falta para completar o elenco. Muitas negam por vaidade.
Enquanto Vanda (Vera Mancini), uma das atrizes e que também é a diretora, está mergulhada em problemas a resolver, a simpática e um pouco intrometida camareira Otila (Cláudia Missura) tenta ajudar com um chazinho e um bolinho, mas acaba irritando a patroa ainda mais.
"Transportar isso para o palco foi maravilhoso, porque consegui fazer uma homenagem às camareiras. Obviamente a Otila é específica. Não conheço nenhuma camareira como ela, mas conheço fragmentos dessa profissional que compõem a Otila", afirma Célia sobre a personagem divertida. "Quis fazer uma personagem carinhosa e engraçada para que as pessoas se emocionassem com ela também."
As duas outras atrizes já escaladas, Helena (Maria Pinna) e Sara (Carol Rainatto), chegam ao teatro e o ensaio tem início, mesmo com algumas peças faltando. Otila, mais uma vez, tenta ajudar, até porque o show não pode parar.
Célia afirma que também não conhece atrizes exatamente como as que estão no palco interpretando a peça dentro da peça, mas sim fragmentos de várias delas.
"Transportar para a peça tudo o que vivi e conheço é muito gratificante. Não quis fazer um retrato de tudo que conheço, mas foi prazeroso fazer essa homenagem a esses personagens invisíveis, não só as camareiras. Porque nós precisamos deles dia e noite, e às vezes a gente não os enxerga e não percebemos o que seria da nossa vida sem eles", finaliza a autora.
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