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Diversão

Série que registra turnê de Milton Nascimento pelos EUA estreia neste sábado no canal HBO

Com 4 episódios, programa tenta mostrar cantor além da música

De óculos escuros, cantor Milton Nascimento é flagrado em cena de série sobre ele, exibida pelo canal pago HBO
Milton Nascimento em cena da série "Milton Nascimento - Intimidade e Poesia", da HBO - Reprodução
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Fernando Silva
São Paulo

O fluminense Leonardo Carvalhosa e o mineiro Cleisson Vidal apostaram alto para fazer a série “Milton Nascimento - Intimidade e Poesia”, que estreia neste sábado (10), às 21h, no canal pago HBO (ela será exibida também nos próximos três sábados).

Os dois tiveram a ideia em setembro de 2014. Aprimoraram o projeto e, então, recorreram a um primo de Carvalhosa, Arthur Farinon, que trabalhou como iluminador de palco em shows do cantor. Logo convenceram a equipe de Milton a topar.

Mas havia uma condição. “Ele só saberia do plano quando nós nos encontrássemos nos Estados Unidos”, conta Vidal. Milton havia viajado para fazer uma turnê e não se abalou com a proposta. Aceitou. Deu tão certo que as gravações se estenderam 19 dias por território americano, em novembro daquele ano.

Os diretores o filmaram em bastidores de shows, estradas e hotéis. Pegaram depoimentos do saxofonista Wayne Shorter e do pianista Herbie Hancock. E se surpreenderam, como da vez na qual flagraram Milton se divertindo com cartões-postais.

Vidal explica que ele e Carvalhosa “vislumbraram a possibilidade” de fazer um documentário ao notar que registros de imagens do cantor andavam ficando mais raros.

Os diretores deram um jeito de driblar isso e seguiram o artista em outras ocasiões. Uma delas foi na cerimônia em que Milton recebeu título de doutor em música na faculdade Berklee, em Boston, em 2016. No percurso, ambos se apaixonaram. “Queremos mostrar o prazer que é conviver com ele”, diz Carvalhosa.

SÉRIE TENTA MOSTRAR CANTOR ALÉM DA MÚSICA

Com quatro episódios, de cerca de uma hora cada um deles, a série sobre Milton Nascimento tanto o flagra em shows nos EUA quanto tenta mostrar o artista além da música.

Sim, a obra do cantor é incontornável. Estão lá no documentário canções como “Cais”, “Novena” e "San Vicente", além de depoimentos de Milton sobre como nasceram determinadas composições. “Várias músicas eu fiz baseadas no som que estava ouvindo de dentro do trem”, diz ele, numa das cenas.

A sequência remete também a seu parceiro de Clube da Esquina, Lô Borges, que criou “O Trem Azul” e “Trem de Doido” para o clássico disco de 1972. Mas os diretores do programa, Leonardo Carvalhosa e Cleisson Vidal, afirmam que o documentário busca registrar ainda “o que Milton pensa da vida, em questões estéticas, sociais, místicas”.

Segundo Vidal, não faltarão surpresas a respeito do Bituca, como Milton Nascimento gosta de ser chamado. “Costuma-se pensar que ele é quieto, introspectivo, mas adora bater papo, contar causos.” Nas conversas, ele fala sobre o amor pela mãe, Lília, o alcoolismo nos anos 1970, a ligação com a natureza e seu momento atual.

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