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Mostra do Metrô de SP revela relação de Adoniran Barbosa com bairros da cidade

Exposição na Corinthians-Itaquera destaca seus tempos de ator

Adoniran Barbosa como o personagem Siqueira em cena do filme "A Pensão de Dona Estela"
Adoniran Barbosa como o personagem Siqueira em cena do filme "A Pensão de Dona Estela" - Divulgação
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Fernando Silva
São Paulo
Agora

O cantor e compositor Adoniran Barbosa (1910-1982) ganha uma exposição na estação Corinthians-Itaquera do Metrô paulista com itens de seu acervo. A mostra destaca a relação do artista com as zonas leste e norte de São Paulo.

Há informações sobre canções que fez inspirado nas regiões, como "Vila Esperança", na leste, e "Trem das Onze" (o bairro do Jaçanã, na norte). Há também uma réplica da carteirinha de Barbosa de sócio-torcedor do Corinthians. Fanático pelo clube do Parque São Jorge, o músico compôs em homenagem ao time "Coríntia (Meu Amor é o Timão)".

Na exposição, é apresentada ainda uma faceta não tão conhecida de Barbosa: a atuação. Lá é possível ver imagens dele em cenas de "A Pensão de Dona Estela", filme de 1956 em que interpreta o personagem Siqueira. 

Como ator, ele participou de outras produções do cinema, como “O Cangaceiro” (1953), e até de novelas, caso da versão de "Mulheres de Areia" exibida em 1973.

Para Pedro Serrano, diretor do documentário “Adoniran - Meu Nome é João Rubinato” (2018), o ofício de atuar foi fundamental na construção do compositor Adoniran Barbosa. "Nos tempos em que era radioator, ele gravava programas humorísticos e interpretava tipos cômicos. Estudava o modo de falar e fazia personagens como um italiano, um malandro do morro", explica.

O mais famoso deles era Charutinho, da atração "Histórias das Malocas" - na mostra, há um retrato do músico encarnando o papel. "O público lotava a rua do estúdio para ouvir suas participações nos programas de rádio", conta Serrano.

Esse olhar agudo de tipos e situações forjou o sambista que cantou a cidade. "Ele foi o maior cronista de São Paulo. Retratava bairros, sotaques, o dia a dia das pessoas. Era um observador do cotidiano da metrópole."

Viajando por São Paulo com Adoniran Barbosa

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