No início, o Quartabê se autointitulava “uma turma indisciplinada” que estava aprendendo a lição número um com Moacir Santos (1926-2006). Agora, o professor é Dorival Caymmi (1914-2008), como é possível ver no show que eles fazem nesta quarta (24), na escola de música Tom Jobim (centro), às 18h.

A banda toca “Lição #2: Dorival” na íntegra, disco de 2018, no qual cria versões do baiano e compõe faixas inspiradas em seu repertório.

“Com o [trabalho do] Moacir, éramos mais levados. Já com o Caymmi, ficamos mais sérios”, afirma a baterista Mariá Portugal, referindo-se aos outros dois álbuns da banda, influenciados pelo maestro nascido no Pernambuco (“Lição #1: Moacir” e “Depê”).

Se o comportamento mudou, a ideia do grupo, formado ainda por Maria Beraldo e Joana Queiroz (clarinete, clarone e voz) e Chicão (teclas e voz), não. “A gente sempre prezou por fazer uma releitura, algo antropofágico, meio 'macunaímico'”, diz Mariá.

Nos shows, eles misturam jazz, pop, música erudita e MPB.