Série 'Sete Mundos, Um Planeta' mostra a fauna da Terra de um jeito diferente
Narrado por sir David Attenborough, programa teve cenas gravadas no Brasil
Narrado por sir David Attenborough, programa teve cenas gravadas no Brasil
Atualmente, muitos geógrafos aceitam que existem sete continentes –a controvérsia é possível porque os limites entre alguns deles não são claros. A fronteira entre a Ásia e a Europa, por exemplo, é arbitrária, e foi estabelecida pelo homem.
Mas vamos admitir também os sete continentes convencionais. Cada um deles é o tema de um episódio da minissérie documental “Sete Mundos, Um Planeta”, uma superprodução da BBC Studios que estreia às 22h50 deste domingo (26) no canal Discovery.
O primeiro diferencial de “Sete Mundos, Um Planeta” de outros programas do gênero é justamente este recorte geográfico. A vida animal da Terra nunca foi registrada de maneira tão abrangente. A série também permite comparar a fauna de lugares distantes e entender por que elas são tão diferentes entre si: a formação geológica do continente, o clima, a vegetação, tudo isto influi.
O segundo diferencial é a enorme quantidade de cenas inéditas e surpreendentes. Todo mundo já viu leões caçando zebras na África, mas um puma atacando um bando de guanacos nos Andes chilenos? Muitas dessas imagens só foram possíveis graças aos drones, que voam até onde os humanos não conseguem chegar.
“Alguns animais são estranhíssimos, mas seu comportamento não espanta. Para esses, existem as fotos nas revistas”, afirma o produtor Chadden Hunter em entrevista por telefone com diversos jornalistas da América Latina. “Nós preferimos buscar histórias variadas, inusitadas, emocionantes. Não podemos ter um episódio só com sequências de caçada s” .
“Sete Mundos, Um Planeta” levou quase quatro anos para ficar pronto. Diversas equipes trabalharam simultaneamente, filmando mais de duas mil horas de material bruto em 41 países diferentes. De cada 400 minutos rodados, só um foi de fato aproveitado. O Brasil ofereceu duas locações: a região de Bonito, no Mato Grosso do Sul, e as cataratas do Iguaçu, na fronteira com a Argentina.
“A preparação foi muito longa e, quando finalmente viajamos, sabíamos exatamente o que queríamos captar. Mas os bichos não são atores, e imprevistos acontecem. Precisamos sempre ter um plano B”.
Às vezes, boas surpresas acontecem. “Quando fomos filmar o pirapitanga no Brasil, um peixe que salta d’água para comer frutas, não esperávamos encontrar uma sucuri nadando com eles. A cobra acrescentou uma camada extra de drama”.
Chadden também conta que a espécie mais esquisita que viu na América do Sul foi um sapo amazônico que dispara dardos venenosos. Duas sequências gravadas no nosso continente também são de partir o coração: macacos capuchinhos olhando para a pastagem de vacas que invadiu parte de sua floresta natal, e garimpos ilegais na Amazônia.
“Mas é incrível como o meio ambiente, às vezes, se recupera rapidamente. Vocês viram que, por causa da quarentena, os golfinhos voltaram aos canais de Veneza? Quando o confinamento acabar, temos que aprender a lição, e reduzir o ritmo com que destruímos a natureza”.
Em fevereiro de 2019, a convite da BBC Studios, estive em Liverpool para o grande evento anual em que a produtora anuncia seus próximos lançamentos. Na ocasião, participei de uma mesa-redonda com ninguém menos do que o lendário sir David Attenborough, o locutor de tantas séries sobre a natureza –e sim, ele também narra “Sete Mundos, Um Planeta”.
“Dizer o tempo todo às pessoas que elas correm perigo não é lá muito eficiente”, disse ele aos jornalistas presentes. “É muito melhor emocioná-las”. É isto que “Sete Mundos, Um Planeta” pretende fazer.
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