Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Zapping - Cristina Padiglione

Copa do Mundo: SporTV pela 1ª vez terá 2 mulheres nas transmissões do mundial

Natália Lara e Renata Mendonça esperam inspirar novas gerações de meninas

Nathalia Lara e Renata Mendonça em véspera de Copa do Mundo
Copa do Mundo 2022 - A narradora Nathália Lara e a comentarista Renata Mendonça, do SporTV - João Miguel Jr./Divulgação
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo


Pela primeira vez o canal SporTV terá mulheres narrando e comentando durante o principal evento de futebol do planeta. Para as novas gerações, pode parecer algo mais ou menos banal, mas sabemos o quanto esse terreno sempre foi dominado pelos homens.

Há 20 anos, quando o Brasil conquistou o penta, Natália Lara, a narradora mais jovem de uma Copa do Mundo, e Renata Mendonça, que faz sua estreia como comentarista em mundiais, ambas pelo Sportv, viram pela primeira vez a seleção brasileira erguer a tão sonhada taça.

A conquista na Ásia é a primeira memória que as duas têm da maior competição de futebol do planeta. E assim como aquele episódio faz parte da memória afetiva das duas, ambas acreditam que a Copa do Qatar poderá ser especial para as novas gerações.

"Quando penso em Copa do Mundo, a lembrança que vem sou eu com a minha família, com meus tios. E a primeira que me lembro de ter vivido essa experiência foi a de 2002. Foi quando eu vi a taça com o penta", conta Natália.

Renata endossa: "Para mim, Copa do Mundo tem todo um significado especial na relação com a minha família. E a Copa de 2002, quando fomos campeões pela última vez, foi a que mais me marcou. Os horários dos jogos eram diferentes."

A comentarista lembra ainda de estar com o pai, a mãe e o irmão assistindo aos jogos no café da manhã, de madrugada. "Foram momentos marcantes, em que celebramos muito. A minha grande taça do mundo é poder trabalhar hoje com o que eu amo. E a relação que eu construí com o futebol e Copa do Mundo tem a ver com a minha família", afirma Renata.

Tanto Natália quanto Renata não imaginavam uma ascensão tão rápida num ambiente majoritariamente masculino. "Minha intenção sempre foi falar para outras mulheres. E, em época de Copa do Mundo, mostrar que é possível sonhar grande. Falo por muitas mulheres que foram excluídas do esporte, de rodas de conversa, que não tinham a sua opinião validada", diz Natália.

"Cresci vendo futebol e não me via lá, não conseguia ver a importância de ter alguém como eu ali. E, agora, os mais jovens vão poder ver que a mulher também tem protagonismo no futebol, que esse jogo não é de ninguém, é de todo mundo que quiser jogar. É muito significativo. Da mesma maneira que eu sempre naturalizei a ausência de mulheres no futebol, as crianças que estão crescendo agora vão naturalizar a presença de mulheres nesse meio", conclui Renata.

A Copa do Mundo do Qatar começa neste domingo, dia 20. Na TV, a Globo exibe o torneio com exclusividade no Brasil, em sinal aberto e fechado. A partida de abertura reúne os donos da casa e o Equador, a partir de 13h (de Brasília), direto de Doha.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem