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Zapping - Cristina Padiglione
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'Tem que aprender a se blindar da dor', diz Glória Maria sobre racismo

Roda Viva com a jornalista se aproxima da melhor audiência do ano no programa

Glória Maria no Roda Viva, TV Cultura
A jornalista Glória Maria no centro do Roda Viva, em 14 de março de 22 - Gregory Grigoragi/Divulgação
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O Roda Viva com Glória Maria, exibido ao vivo pela TV Cultura na segunda-feira (14) é, até aqui, a segunda edição mais vista do programa neste ano pela transmissão em tempo real, perdendo por 0,10 ponto da conversa com a geneticista Mayana Zatz.

Mas na exibição pelo canal do programa no YouTube, Glória já superava, na noite desta terça (15) a e entrevista com a bióloga, que foi ao ar em 31 de janeiro e somava, até então, 41,5 mil visualizações, ante 47 mil da jornalista.

Na TV, cada ponto equivale a 205.755 telespectadores em 2022, segundo dados da Kantar Ibope.

FRANQUEZA

Em duas horas e meia de conversa, Glória Maria falou sobre suas origens e pioneirismos, tratou de jornalismo, viagens, sua trajetória na Globo, o tumor no cérebro enfrentado há pouco mais de dois anos, religião e racismo, assunto que dominou metade do Roda.

"Você tem que aprender a se blindar da dor", disse ela sobre o melhor meio de enfrentar o racismo. Mãe de duas meninas, Maria e Laura, filhas não biológicas e também negras, a apresentadora contou que ensina as duas a enfrentar a questão no dia a dia.

Glória reconhece que há avanços na conscientização das pessoas e no combate ao preconceito, mas isso caminha de modo muito lento, de modo que o ideal é criar casca e aprender a se defender.

Alunas de escolas de elite no Rio, Maria e Laura já foram vítimas de racismo dentro da escola.

A entrevistada surpreendeu a bancada de jornalistas comandada por Vera Magalhães, toda formada por outras mulheres --incluindo esta colunista--, ao contar detalhes sobre a doença. Disse que Pedro Bial foi seu mais fiel ouvinte nesse período difícil, já que acorda cedo como ela, "às 5 da manhã". E permitiu-se pela primeira vez falar sobre a delicadeza do amigo Roberto Carlos, que lhe telefonou ainda no hospital, logo após sua chegada ao quarto após a cirurgia.

"Eu não falo nunca essas coisas, mas aquilo me comoveu muito", contou ela às jornalistas em um dos intervalos do Roda.

Glória fala ainda de sua boa relação com Roberto Marinho, a quem atribui boa parte do espaço que teve para crescer na TV Globo, de entrevistas com celebridades, cobertura de guerra, homens e viagens. A próxima meta, conta, é convencer a direção da emissora a lhe enviar para um pulinho até Marte.

A edição completa está disponível no canal do Roda Viva no YouTube, em versões na íntegra e recortes por assuntos abordados.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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