2020 chega com série de novidades nas livrarias, mas também com o dever de abrir nossa cabeça
Confira livros mais vendidos de 2019 e indicações para o novo ano
Se a premissa budista de que proporcionar felicidade aos outros é a melhor maneira de encontrar a nossa própria alegria, então a palavra-chave para 2020 é compaixão. O que significa, ao pé da letra, “sentimento de pesar, pena e simpatia para com o sofrimento de outrem, associado ao desejo de confortá-lo, ajudá-lo etc.”
E a literatura é uma das melhores maneiras de conhecer outras pessoas, culturas e, principalmente, realidades. Por isso, na primeira coluna do ano, procuro dar dicas de novidades que pertençam a gêneros distintos.
“O Homem Sussuro” (R$ 49,90, 420 págs.), do britânico Alex North, pode não ter lá um título muito bom, mas é um suspense atual com características da nova e talentosa geração nórdica: une suspense, horror e intriga policial. Na história, um homem viúvo se muda com seu filho para um vilarejo traumatizado por assassinatos em série cometidos 20 anos atrás.
Já o romance de guerra “A Rede de Alice” (R$ 59,90, 518 págs., Verus), da americana Kate Quinn, baseia-se em uma rede de espionagem real que ocorreu na França durante a Primeira Guerra. Quem protagoniza a ficção é Eve, uma espiã recrutada durante a guerra, e Charlie, uma universitária que procura sua prima desaparecida no conflito.
Outro título assinado por uma mulher, “Longa Pétala de Mar”, da peruana Isabel Allende (R$ 49,90, 280 págs., Bertrand Brasil), também fala de conflitos reais e conta a história de uma família catalã que busca refúgio no Chile.
LIVRO TRAZ LITERATURA COMO ÚNICA SALVAÇÃO
Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2019 na categoria romance, “O Legado de Nossa Miséria” (R$ 34,90, 240 págs., Record), do cearense Felipe Holloway, é a dica nacional desta semana.
A trama se desenrola a partir de um encontro casual entre um melancólico crítico de literatura e um escritor, no balcão de um bar. O diálogo atravessa a madrugada e aborda de tudo um pouco: artes, política, filosofia. A discussão fica cada vez mais densa e acaba expondo a personalidade dos dois, a partir da relação com a literatura.
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