Bem-humorado, célebre físico britânico Stephen Hawking tem obra póstuma lançada
'Breves Respostas para Grandes Questões' divaga sobre a vida
De toda a genialidade do físico britânico Stephen Hawking, morto em março, aos 76 anos, a característica mais importante para que seu legado seja transmitido é seu senso de humor e sua linguagem descomplicada.
É uma mera amostra de sua modéstia –que era enorme, se considerarmos que ele foi um dos cientistas mais populares e importantes da história recente. Além disso, falar ou mesmo escrever para ele era particularmente especial.
Portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), detectada quando tinha 21 anos, Hawking teve pouco a pouco os músculos do corpo paralisados, enquanto seu cérebro continuou intacto. Precisava de ajuda mecânica, ou eletrônica, para tudo.
Por isso, cada palavra era detalhadamente escolhida, o que deu origem a um estilo único de se comunicar (por meio de uma voz eletrônica). O que não tirou, contudo, seu peculiar senso de humor, sempre presente.
Em seu livro póstumo recém-lançado, “Breves Respostas para Grandes Questões” (R$ 39,90, 256 págs., Intrínseca), ele discorre sobre temas presentes no dia a dia de qualquer ser humano comum, como a ideia da existência de Deus.
"Acho que, quando morremos, voltamos ao pó. Mas, em certo sentido, continuamos a viver: na influência que deixamos, nos genes que passamos adiante para nossos filhos. Temos apenas esta vida para apreciar o grande plano do Universo, e eu sou extremamente grato por isso”, cita ele, em certo ponto da obra.
Em outro, dá até a impressão de que seria fácil ser como ele: “Não fui um aluno muito bom na escola e raramente fiquei acima da média em minha classe. Eu era desleixado e não tinha uma letra muito boa”.
O prefácio do livro é assinado pelo ator britânico Eddie Redmayne, que levou o Oscar pela interpretação de Hawking no filme “A Teoria de Tudo”: “Um cientista admirável e o homem mais engraçado que já tive o prazer de conhecer”.
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