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Mensagens motivacionais proliferam nas redes, mas se for preciso procure ajuda profissional

Instagram foi invadido por publicações de autocuidado

Terapia do Insta: Perigo é a pessoa que realmente precisa de apoio profissional se acomodar apenas lendo mensagens motivacionais - Robson Ventura -11.jun.2017/Folhapress
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No princípio, eram as fotos de gatinhos, paisagens e pratos de comida. Depois surgiram as selfies, os memes e os posts engajados. E, por fim, o Instagram foi invadido por mensagens de autocuidado em tom pastel.

Essa tendência já vem sendo observada pelo menos desde o ano passado. Mas, em meio a uma pandemia que está produzindo tanto sofrimento –seja pelo luto, pelo desemprego, pelo isolamento social prolongado–, é natural que esse conteúdo tenha ganhado ainda mais seguidores.

Existem inclusive muitos psicólogos postando textos sobre autoconhecimento e empoderamento no Instagram. Em jornais britânicos e americanos, o fenômeno foi descrito como “Insta-therapy” (ou terapia do Insta).

A princípio, mal nenhum. Afinal, para muita gente que não pode pagar um psicólogo, essas mensagens podem ajudar em alguma medida. E também podem servir para desfazer preconceitos contra psicoterapia, ao apresentar uma pequena amostra do que pode ser encontrado em um atendimento de verdade.

Por outro lado, o perigo é a pessoa que realmente precisa de apoio profissional se acomodar apenas lendo mensagens motivacionais e não ir atrás de atendimento no mundo real. Isso sem falar no risco de acabar seguindo algum charlatão –o que não falta por aí é gente sem experiência adequada se passando por “life coaching”.

Então, cuidado. Saúde mental é coisa séria. Se você ou alguém próximo está com sintomas de ansiedade, pânico, depressão ou outros transtornos mentais, vá atrás de ajuda profissional. Só ficar lendo mensagens bonitinhas no Insta não basta.

As faculdades de psicologia normalmente oferecem atendimento gratuito, procure informações nos sites das instituições mais perto de você. Se for uma situação urgente, entre em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida) ou pelo telefone 188 (24 horas por dia).

E lembre-se: rede social em excesso faz mal para saúde.

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Alessandra Kormann é jornalista, tradutora e roteirista. Trabalhou sete anos na Folha.
Desde 2005, é colunista do Show!, do jornal Agora.

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