Na última quarta (1°), a greve dos motoristas de aplicativos de entrega movimentou as ruas de várias cidades e as redes sociais com a hashtag #BrequeDosApps. O movimento é mais que justo, já que grande parte dos entregadores trabalha até 12 horas por dia, sete dias por semana, sem direitos trabalhistas, para ganhar menos do que um salário mínimo.

Às vezes na chuva, no frio, com fome, sentindo o cheiro das comidas que eles levam na mochila. E, neste momento de necessário isolamento social, eles são essenciais. Entre as reivindicações, está o aumento no valor recebido, reajuste anual, fim de bloqueios indevidos, equipamentos de proteção individual e outros pontos.

Se você é contra a exploração e a precarização do trabalho, pode ajudar os entregadores de diversas formas. Seja divulgando as mensagens de apoio ao movimento nas suas redes, seja não fazendo nenhum pedido pelos apps como iFood, UberEats e Rappi nos dias de greve.

Mas o principal, que mais pode fazer diferença no bolso de quem arrisca a própria saúde para que você possa ficar em casa e preservar a sua, é dar uma boa gorjeta na hora que fizer o seu pedido. No Rappi, já vem pré-selecionada a gorjeta de R$ 3 na hora do pagamento. Mas você pode escolher também R$ 5, R$ 7 ou digitar outro valor. Ou escolher R$ 0, mas espero que você não faça isso.

No UberEats, depois que o pedido é entregue, aparece uma mensagem para avaliar e dar uma gorjeta ao entregador se quiser. Ou toque em “Recibos”, na parte de baixo da tela, e clique em cima do seu último pedido. Depois clique em “Editar valor” —isso pode ser feito até uma hora depois da entrega.

No iFood, depois que o pedido é finalizado, você também pode dar gorjeta se quiser. As opções de valores foram aumentadas na pandemia para R$ 2, R$ 5 ou R$ 10. Todos os apps afirmam que o valor é 100% repassado aos entregadores. E nada impede que você dê a gorjeta pessoalmente em dinheiro na hora da entrega.

Faça a sua parte!

Bate-Papo na Web

Alessandra Kormann é jornalista, tradutora e roteirista. Trabalhou sete anos na Folha.
Desde 2005, é colunista do Show!, do jornal Agora.