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Alexandre Orrico

BBB 21: Chatice à vista?

Começo do esfacelamento do 'Gabinete do Ódio' pode deixar o jogo previsível

Karol Conká em imagem de divulgação do BBB 21
Karol Conká em imagem de divulgação do BBB 21 - Fábio Rocha/TV Globo
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Karol Conká tinha ao seu lado boa parte dos participantes do BBB 21 (Globo), edição do programa e dicas da direção, mas não conseguiu aproveitar. Tinha até mesmo a benevolência da líder Sarah, que havia dito que não ia a colocar no paredão. Mas Sarah quebrou a promessa depois que a curitibana, mais uma vez, se envolveu em brigas, intrigas e confusões no fim de semana.

Não restam dúvidas de que Karol deve sair –a questão parece ser se ela vai ou não superar o índice de rejeição de Nego Di, que fez história ao ser eliminado com 98,76% dos votos. É tão previsível que tuiteiros, atrás de engajamento, promovem bolões e prometem Pix de até R$ 100 para quem acertar a porcentagem exata (os chutes, claro, estão quase todos acima dos 90%).

Mas o início do esfarelamento do chamado "Gabinete do Ódio", que perderá sua líder nesta terça-feira (23), deixa uma pergunta no ar: depois de um início incendiário, será que não estamos à beira do BBB mais tedioso e previsível de todos?

Parece questão de tempo até que os outros asseclas de Conká sejam eliminados. É relativamente seguro afirmar neste momento que Projota e Lumena, se caírem no paredão, vão sair com índices semelhantes aos de Nego Di e Karol, repetindo a mecânica de votação massacrante e sem suspense.


É claro que os participantes estão colhendo o que plantaram, mas nada muda o fato de que uma disputa acirrada como a entre Prior e Manu Gavassi, no BBB 20, que teve 1,5 bilhão de votos, esteja distante. E, mesmo que aconteça, possivelmente será entre pessoas do mesmo grupo.

A Globo dispõe de um canivete suíço de opções para que isso não aconteça: de paredão falso a integrantes surpresa, passando por Quarto Branco e Big Fone, tudo para criar intrigas e rachar blocos hegemônicos. Caso nada disso funcione, fica aqui a dica para um spin-off para o ano que vem que é à prova de monotonia: o BBR, Big Brother Rio, formado apenas por participantes fluminenses. Fica a dica, Boninho.

Alexandre Orrico

Foi repórter e editor da seção de tecnologia da Folha entre 2009 e 2015. Colaborador da Folha, hoje trabalha para a ICFJ (International Center for Journalists) e edita o Núcleo Jornalismo.

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