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Cinema e Séries
Descrição de chapéu Televisão

Miguel Angel Silvestre engrossa lista dos 'padres gatos' da ficção na série 'Os Enviados'

Ao lado de Luis Gerardo Méndez, ator espanhol investiga mistérios ligados à Igreja na produção

Da esq., Luis Gerardo Méndez, Juan José Campanella e Miguel Angel Silvestre nos bastidores de 'Os Enviados' - Paramount+/Divulgação
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São Paulo

O ano era 2003 e, na TV aberta brasileira, o progressista padre Pedro (vivido pelo italiano Nicola Siri) fazia sucesso entre católicos e pagãos na novela "Mulheres Apaixonadas", da Globo. A torcida era para que ele caísse em tentação e sucumbisse ao desejo da socialite Estela (Lavínia Vlasak), o que de fato ocorreu.

A novela, que acaba de ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, é só um dos exemplos em que, pelo menos na ficção, os padres fazem um sucesso para lá de profano com o público. Que o digam o irlandês Andrew Scott, o padre de "Fleabag" ou o mexicano Gael García Bernal, de "O Crime do Padre Amaro". Tem até quem tenha crush no vilanesco padre Noah (Mark Waschke), de "Dark".

Pois a lista só engrossa com a série "Os Enviados", cuja segunda temporada chega nesta quinta-feira (7) ao serviço de streaming Paramount+. Nela, o espanhol Miguel Angel Silvestre (o Lito de "Sense8", entre outros trabalhos em que exibiu o tanquinho e muito mais) e o mexicano Luis Gerardo Méndez (o Chava de "Club de Cuervos") dão vida a dois padres que investigam supostos milagres para a igreja católica.

Na nova leva de episódios, a dupla está na região da Galiza, no norte da Espanha, para checar um fenômeno místico presenciado apenas por três freiras cegas. Enquanto os detetives de batina fazem seu trabalho, um assassinato acontece no convento, fazendo com que a trama fique ainda mais enigmática.

"É uma segunda temporada muito mais alicerçada no suspense, no policialesco, com alguns tons de humor", conta Silvestre ao F5. "Claro que meu coração está aqui, mas você vai ver que estou te falando a verdade", diz o ator, aos risos, quando questionado pela reportagem se a opinião não tem nada a ver com as gravações terem ocorrido em seu país natal —a primeira temporada foi rodada no México.

Segundo ele, apesar da profissão, o padre Simón não é tão diferente dos demais personagens que ele já interpretou. Ou pelo menos não na forma como ele encara a vida. "Ele é um padre mais vinculado ao carnal", explica. "Ele se atormenta um pouco por ter dúvidas quanto à existência do Diabo e do próprio Cristo, e continua tendo desejo por álcool, por comida, por mulheres... Ele é peculiar."

No caso do padre Pedro, vivido por Méndez, a complexidade era outra. "Tem personagens que são mais explosivos, nos quais você precisa tirar tudo o que traz dentro como ator", compara. "Ele não, é apenas alguém que está fazendo perguntas e que é muito mais introspectivo."

Para o papel, ele tentou partir da observação dos padres com que conviveu ao longo da vida. "Estudei em colégios de padres e freiras e minha mãe é a mulher mais católica que você vai conhecer na vida, os melhores amigos dela são sacerdotes", conta. "Antes da primeira temporada, conversei muito com eles, principalmente sobre temas como exorcismo, milagres e tudo o que envolve a paranormalidade, para entender como eles enxergavam isso."

Mendéz lembra, contudo, que o diretor da série, o argentino Juan José Campanella (vencedor do Oscar por "O Segredo dos seus Olhos"), sempre os lembrava que, ao fim e ao cabo, padres ou não, os personagens eram apenas seres humanos. "Ele insistia muito nisso, para esquecermos que eram sacerdotes e para não colocá-los em um pedestal", comenta.

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