Fim da linha para trem do Harry Potter? As preocupações com segurança que ameaçam 'rota de Hogwarts'
Empresa que administra a linha quer ser liberada da exigência de instalar sistemas de travamento central nos vagões, alegando custos altos
As viagens no trem a vapor do Harry Potter podem ser interrompidas se a Justiça rejeitar um pedido da empresa que administra a linha.
A West Coast Railways (WCR), que opera a rota, quer ser liberada da exigência de instalar sistemas de travamento central nos vagões.
Os proprietários do Jacobite —que se chamava Expresso de Hogwarts nos filmes do bruxo— disseram que a implementação das novas medidas poderia custar 7 milhões de libras, o equivalente a R$ 43,2 milhões.
Um julgamento sobre o caso deve ocorrer em janeiro.
O trem opera em uma das rotas ferroviárias mais emblemáticas da Escócia —de Fort William a Mallaig— de março a outubro.
Ele atravessa o viaduto Glenfinnan, que se tornou atração para uma nova geração de turistas após ser apresentado no filme Harry Potter e a Câmara Secreta.
Cerca de 750 pessoas por dia viajam até o fim da linha em Mallaig todos os dias na alta temporada. E muitos outros visitantes vão assistir o trem passar.
O serviço teve uma isenção concedida pelo escritório governamental responsável por ferrovias e rodovias, o que permitiu a continuidade da linha.
O órgão previa duas isenções de dez anos às regras sobre como as portas dos vagões devem ser trancadas enquanto o trem estava em movimento. A última isenção expirou em 31 de março de 2023.
Após uma inspeção em julho, o órgão citou problemas com procedimentos nas fechaduras das portas e afirmou que a West Coast Railways estava colocando os passageiros "em risco de ferimentos pessoais graves".
Em agosto, a linha obteve uma isenção temporária.
Após uma audiência de dois dias no Tribunal Superior na semana passada, a empresa aguarda agora uma decisão que poderá determinar se o trem a vapor voltará a operar.
'NEGÓCIO CARO'
A empresa disse que adicionar sistemas de trava aos tradicionais vagões com portas da década de 1950 custaria cerca de 7 milhões de libras, o que corresponderia a cerca de dez anos de lucro.
Em declarações ao jornal The Herald, o gerente comercial James Shuttleworth disse: "Nossa intenção é continuar a administrar o trem, mas se tivermos que instalar fechaduras nas portas, será um negócio caro".
A empresa forneceu à Warner Bros a locomotiva e os vagões usados na série de filmes Harry Potter.
O trem faz duas viagens por dia utilizando algumas das mesmas carruagens mostradas nas filmagens.
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