Carnaval

Rainha da Viradouro, Raissa Machado diz que já acreditava na vitória: 'Foi de arrepiar'

Musa está à frente da agremiação há sete anos

 
Raissa Machado é rainha de bateria da Viradouro
Raissa Machado é rainha de bateria da Viradouro - Divulgação
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São Paulo

Rainha de bateria da Viradouro, campeã do Carnaval do Rio de Janeiro em 2020, a modelo Raissa Machado diz que já esperava pelo título. “Eu já acreditava na vitória”, comenta logo após saber do troféu. “É uma emoção que não dá para explicar, sentir toda energia que vem do público na avenida, sentir o coração batendo no compasso da minha bateria.”

No enredo de 2020, a Viradouro cantou na avenida a história das lavadeiras de Itapuã, com o enredo “Viradouro de Alma Lavada”. Esse foi o sétimo ano de Raissa à frente da bateria. “Acredito que cada número tem uma vibração e sua significância. O número 7 é mágico e perfeito. Tinha certeza que faríamos um grande e belíssimo Carnaval. Além disso, temos uma comunidade forte e com muito trabalho e dedicação, conquistamos o título”, explica. 

“A Viradouro fez um desfile empolgante e de visual de impacto, enaltecendo a história da mulher negra no Brasil. As ganhadeiras de Itapuã, além de representarem um enredo forte,  têm muito impacto no sentido de reflexão”, opina ela.

A estreia da musa pela escola foi em 2014 quando a agremiação subiu ao grupo especial. “Em sete anos sou rainha de três campeonatos, com desfiles memoráveis. No primeiro ano à frente da bateria, já estreei sendo campeã. E viemos de um vice com gostinho de título”, ressalta Raissa ao lembrar da campanha de 2019.

Para Raissa, a bateria comandada por mestre Ciça foi muito importante para que a escola fluísse na avenida e levantasse as arquibancadas. Houve muitas paradinhas e ousadia por parte da equipe de batuque.

“Foi de arrepiar. Saímos da avenida com a sensação de dever cumprido e com a certeza absoluta que estávamos, sim, na briga pelo título. Eu ainda estou em êxtase pelo desfile impecável que fizemos. Ainda consigo reviver na minha mente cada um dos segundos emocionantes deste banho de alegria”, afirma.

Ela conclui ao relembrar as dificuldades pelas quais passou. “Sou uma menina maranhense que chegou em Niterói há 34 anos cheia de sonhos e sem nada para comer. E hoje ser a rainha de bateria de uma escola é incrível demais. É uma coisa do tipo: ‘Raissa Machado do Maranhão para o mundo’”, conclui.

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