Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Carnaval
Descrição de chapéu Alalaô

Rainha da Barroca Zona Sul, Renata Spallicci diz que expor corpo mostra liberdade da mulher

Musa fitness faz sua estreia à frente da bateria da agreamiação

Renata Spallicci, rainha de bateria da escola Barroca Zona Sul (SP) Alex Pires/Divulgação

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Empresária, blogueira, palestrante, escritora, musa fitness e, pela primeira vez, rainha da bateria. São muitas as responsabilidades que Renata Spallicci, 38, precisa equilibrar. À frente da bateria da Barroca Zona Sul, que volta ao Grupo Especial em 2020 depois de 15 anos no Grupo de Acesso, ela garante que, apesar de tanta disciplina, ainda é fácil manter a empolgação.

“Já sentiu a força do som da bateria pulsando no seu peito? Agora imagina você estando à frente. Não tem como não se empolgar! É algo contagiante, ainda mais ao ver a garra de toda a comunidade e o amor que sentem pela Barroca”, diz.

Spallicci já havia desfilado no ano passado, como musa da bateria da Acadêmicos do Tatuapé, mas o amor pelo Carnaval vem desde a infância. “Como sempre gostei de tudo que se relaciona ao mundo das artes, não tinha como não amar o Carnaval de avenida, que é uma mistura de tudo isso: música, teatro, dança, enfim, um show completo."

Para ela, o Carnaval brasileiro tem avançado muito em relação ao respeito com as mulheres. "Temos que estar onde quisermos, com a roupa que bem entendermos e não podemos ser julgadas por isso. Como executiva, expor o meu corpo no Carnaval é uma forma de mostrar exatamente isso: que a mulher tem o direito de se expressar sem rótulos e sem amarras. '

No final de janeiro, Spallicci se envolveu em uma polêmica ao usar uma máscara de folha de flandres, um dos símbolos da escravidão no Brasil, durante ensaio técnico da escola no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. A peça metálica, bem descrita por Machado de Assis no conto "Pai contra Mãe", tinha três orifícios (para os olhos e o nariz) e era fechada com cadeado. Sua função era impedir que os escravizados comessem, bebessem e se comunicassem.

Após repercussão negativa, ela pediu desculpas e afirmou que "em nenhum momento tencionei me colocar no lugar de fala dos negros, o que claramente não faria qualquer sentido, mas sim no desejo de falar por tantas mulheres, responsabilidade e papel que assumo há anos em minhas ações sociais, empresarias e de comunicação".

O samba-enredo da Barroca Zona Sul é "Benguela ... a Barroca Clama a Ti, Tereza!", em referência a história da líder quilombola Tereza de Benguela. A agremiação vai abrir o Carnaval de São Paulo na note de sexta-feira (21), às 23h15, no Anhembi. 

BAILE DA VOGUE

No último sábado, a musa Renata Spallicci compareceu a um dos principais eventos que antecedem o Carnaval brasileiro, o Baile da Vogue. Pela primeira vez, a festa aconteceu no Rio de Janeiro, ocupando os salões do Copacabana Palace. 

Na ocasião, Renata Spallicci vestiu um modelo assinado pelo estilista Rober Dognani. Inspirada no vestido usado por Gal Costa na capa do disco “Gal Tropical”, lançado em julho de 1979, a peça foi toda moldado em látex proveniente da Amazônia com uma cauda em tule. “Remete à diversidade tropical de nosso país”, explica a musa. 

Para completar a produção, brincos do designer Eduardo Caires e um adereço de cabeça assinado por Davi Ramos foram incorporados ao look, ambos acompanhando as fortes tendências da moda neste Carnaval.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem