Rainha do Baile do Copa com tema cigano, Isis Valverde diz que não gosta da mesmice
'Tenho uma coisa de mochila nas costas', afirmou a atriz em entrevista exclusiva
Isis Valverde levanta a bandeira da igualdade entre homens e mulheres não é de hoje.
Coincidentemente, seu último papel na TV —a Ritinha, de "A Força do Querer" (Globo, 2017)— e o convite para ser rainha do Baile do Copa 2018, tradicional festa de gala promovida pelo hotel Copacabana Palace, no Rio, defendem a mesma causa. No evento, ela se fantasiará de cigana moderna, inspirada em mulheres empoderadas.
"Não podemos deixar esquecida [a discussão sobre feminismo e empoderamento], porque é isso que os homens querem. Que a gente deixe para lá", afirmou a atriz de 30 anos ao "F5".
Com um look fresco para aguentar as altas temperaturas da capital fluminense, Valverde defendeu o direito de a mulher se vestir como quiser e fazer o que tem vontade. Disse também que Carnaval não é pretexto para homens assediarem mulheres.
"Estou aqui com uma blusinha sem sutiã e ninguém tem o direito de reclamar", disse.
Namorando o modelo André Resende, 37, há quase dois anos, ela afirma que o parceiro já está ciente de que se os amigos dele vierem com papo machista, ela logo responde.
A atriz, no entanto ressalta que não é extremista, e que busca não a superioridade da mulher, mas o equilíbrio.
ENFRENTANDO O MEDO
Isis Valverde admite que teve medo de aceitar ser a rainha do Baile do Copa. O convite veio através de Andréa Natal, diretora geral do Copacabana Palace.
"Essa sondagem já estava acontecendo há algum tempo. Fui musa do Bloco da Favorita por dois anos e acabei conhecendo a Andréa melhor por causa disso. Eu saía do bloco e vinha para o hotel, ainda fantasiada. Vinha comer, ficar na piscina e descansar, porque o bloco é intenso. Aí a Andreia ligou para o meu assessor e disse que estavam com o tema certo para mim. Ele me mostrou os vídeos, fotos, e é tudo muito lúdico e mágico, quase agressivo. Fiquei encantada. Parecia aquelas festas de filme. Então eu topei."
Assim como uma cigana, Valverde diz que gosta do desapego, apesar de também ser uma pessoa apegada em alguns aspectos.
"Tenho uma coisa de mochila nas costas. Não gosto de mesmice. Até por isso resolvi ser atriz, porque dessa forma cada hora sou uma coisa. [...] E a cigana tem isso, né. Essa coisa da viagem, do inconstante, de estar na estrada e de não pertencer muito a lugar nenhum", afirma.
A atriz, no entanto, diz que não consegue desprender-se de tudo, pois ama conviver com a família e com os amigos. "Gosto de dosar o despertencimento e o pertencimento."
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