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Celebridades
Descrição de chapéu LGBTQIA+

Participante da Drag Race Brasil é chamada de 'Drag Bolsonara'; entenda

Diva More diz ter recebido mensagens de ódio por supostamente ter votado em Jair Bolsonaro

Diva More é participante do Drag Race Brasil, versão brasileira do RuPaul's Drag Race - Divulgação
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São Paulo

A drag queen Diva More, interpretada pelo maquiador Eduardo Jônata, chamada de "Drag Bolsonara" nas redes sociais, se pronunciou na última sexta-feira (4), dizendo que, na verdade, não é eleitora de Jair Bolsonaro e que a história não passou de um mal-entendido. Na última quarta-feira (2), ela foi anunciada como uma das participantes da Drag Race Brasil, versão brasileira do RuPaul's Drag Race.

"Meu nome é Eduardo Jônata, sou maquiador, ator, figurinista, e também conhecido pela minha drag queen: Diva More. Venho através desta carta aberta informar que nunca votei no ex-presidente Bolsonaro. Nunca fui bolsonarista, nem fiz campanha para ele", escreveu no Twitter.

Eduardo esclareceu que seu voto nas eleições de 2022 foi para o candidato Ciro Gomes e que uma postagem de lamentação pela derrota causou um mal-entendido entre os internautas: "Ao final da apuração do primeiro turno, expressei no meu no Instagram minha frustração pelo candidato em que eu acreditava não ter passado para o segundo turno. Este story foi printado, descontextualizado e jogado em grupos de ódio nas redes sociais".

"Recebi mais de oitocentas mensagens de ódio, e a alcunha de "Drag Bolsonara". Em um instante eu não só estava sob ameaça, como fui transformado em tudo pelo qual sempre lutei contra", relatou.

Ele também explicou por que não compareceu ao local de votação no segundo turno: "Tinha me mudado pra Búzios após os prazos de transferência de título e/ou declaração de voto em trânsito. E também estava passando por dificuldades financeiras. Viajar para minha zona eleitoral, no Rio de Janeiro, implicaria em gastos fora do meu orçamento".

Eduardo relatou que, após o anúncio da participação no Drag Race Brasil, os ataques voltaram: "agora, que os holofotes se voltaram para mim, junto a eles vieram uma nova onda de ataques desproporcionais, repetidos e vindo de um lado da trincheira ao qual eu também pertenço".

"Embora manter o voto em segredo seja um direito constitucional numa democracia, entendo a ameaça o candidato em questão representa para nossa comunidade LGBTQIA+. E por isso, reitero que não votei e jamais fiz campanha para Bolsonaro, que não me alinho às pautas ou à visão de mundo que ele defende", completou.

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