Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Celebridades

Copa do Mundo: Richarlison e Neymar são exceções; 90% da seleção não fala de política

São poucos os jogadores que se posicionam, ainda que de forma discreta, como o zagueiro Thiago Silva

Neymar, Richarlison e Thiago Silva jogam na seleção brasileira - Divulgação
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Poucos dias antes do primeiro turno das eleições, Neymar, enfim, se revelava um apoiador de Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, dançou, cantou jingle, fez o número 22 com as mãos e viralizou. Naquele momento, começava a ser cancelado por metade de um Brasil polarizado.

Bolsonaro perdeu para Lula, o camisa 10 embarcou para o Qatar e acabou se machucando, o que levantou a discussão sobre uma possível "torcida" contra vinda dos próprios brasileiros (os que se situam politicamente mais à esquerda).

Atitudes como a de Neymar são raras entre os jogadores de futebol em geral -na seleção, mais ainda. Dos 26 atletas que fazem parte do elenco convocado para a Copa do Mundo, apenas três ou quatro se posicionam politicamente. E nem sempre de modo explícito.

Jogador do Flamengo, Everton Ribeiro foi um dos únicos a não posar ao lado de Jair Bolsonaro após o título do time na Libertadores. Pode ser apenas um indício de seu voto, já que ele é discreto em suas manifestações.

Richarlison é um dos poucos que continua fazendo suas críticas ao atual governo. No auge da pandemia ele reclamou do descaso com o Amapá (o estado ficou mais de 20 dias em apagão em 2020), fez campanha pelo uso de máscaras e pela vacinação, e pediu ao presidente que olhasse para os mais pobres e se mobilizasse pela causa ambiental. Ele também tem uma briga na Justiça com Flávio Bolsonaro (PL) por causa de um imóvel no Rio.

Tite, o treinador, já avisou que não pretende levar a seleção ao encontro de Bolsonaro sob nenhuma hipótese. Ganhando ou perdendo a Copa, não haverá passagem por Brasília ao voltar do Qatar. Apesar de se mostrar isento, em 2019 imagens dos dois chamaram atenção.

Após a conquista da Copa América, o presidente foi em sua direção, com quem vai lhe dar um abraço. Tite o cumprimentou com um aperto de mão protocolar.

Mesmo não revelando apoio público a Bolsonaro nas mídias sociais, há alguns jogadores cristãos que, em teoria, poderiam concordar com os preceitos de fé pregados pelo atual mandatário, tais como o goleiro Alisson, o centroavante Pedro e o próprio Neymar, este declaradamente um eleitor.

O zagueiro Thiago Silva, no dia da votação, publicou uma imagem mais fácil de compreender. Nela, aparecia com a camisa da seleção e os dizeres: "Deus, pátria, família e liberdade", os lemas de Bolsonaro.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem