Patrocinadora pede R$ 17 milhões após DJ tocar em festa de concorrente
Empresa que detém cervejaria não gostou de ver Alok em camarote no Carnaval
O DJ Alok, 30, está sendo processado por uma de suas patrocinadoras, que não gostou de vê-lo como uma das atrações do camarote de um produto concorrente. O caso foi levantado pelo colunista Leo Dias e confirmado pelo F5.
Segundo Dias, o valor pedido pelo Grupo Petrópolis, cuja empresa abrange a marca Itaipava e a Black Princess (da qual Alok era garoto-propaganda), é de R$ 17 milhões. O DJ foi ao camarote da Brahma no Carnaval do Rio. Nos autos do processo ainda há outras empresas envolvidas nesse montante pedido.
No espaço, Alok fez uma apresentação e compartilhou fotos e vídeos nas redes, apesar de tentar apagar o nome da cervejaria. Elas não foram deletadas de sua conta oficial. O processo está em andamento.
A VERSÃO DE ALOK
Procurada, a equipe jurídica do DJ se pronunciou sobre o processo. Segundo ela, Alok e o Grupo Petrópolis firmaram uma parceria comercial em junho de 2021. Nesse período de um ano, todos os compromissos contratuais assumidos foram cumpridos.
"Ocorre que todas as tratativas da relação existente entre as partes foram construídas por uma diretoria que assumiu o grupo Petrópolis durante a ausência do presidente e fundador da empresa, sendo que quando houve o retorno deste à direção da empresa, ocorreram algumas mudanças de direcionamento de marketing do grupo", diz a nota.
Ainda segundo a equipe do artista, durante toda essa relação teria sido informado à contratante [a cervejaria Brahma, onde Alok fez show] a existência de eventos e festivais onde o anuente já exercia e continuaria a exercer sua principal atividade artística como DJ em eventos patrocinados por outras marcas, como o Rodeio de Jaguariúna, a Festa do Peão de Barretos, o Camarote N1 e o Rock in Rio.
"Nesses casos estaria apenas estabelecido que o anuente [Alok] estaria proibido de participar de ações publicitárias de produtos ou marcas concorrentes. O que nunca aconteceu", reforça a nota.
A assessoria de Alok informou, nesta quarta-feira (22) que a Justiça indeferiu o pedido de antecipação de tutela para a quebra de contrato entre o DJ e a cervejaria. "O contrato com o Grupo Petrópolis permanece válido em todas as suas cláusulas. A suposta acusação de que o artista havia ferido um dos acordos foi refutada na decisão inicial pela Justiça."
"…A presença do corréu Alok em camarote patrocinado por marca concorrente (…), não tem gravidade suficiente para caracterizar a alegada quebra de contrato, pois não o vincula de maneira direta e definitiva a outra marca. Estava no local, aparentemente, a trabalho, e não ostenta qualquer cerveja, energético
ou bebida com foco em performance da concorrente", decidiu o juiz Cesar Augusto Vieira Macedo, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
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