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Celebridades

Raul Gazolla diz que não perdoou assassinos de Daniella Perez

'Não sou espiritualmente evoluído a ponto de perdoar', disse

O ator Raul Gazolla - Mathilde Missioneiro/Folhapress
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São Paulo

O ator Raul Gazolla, 66, relembrou a morte de sua ex-mulher, a atriz Daniella Perez, assassinada em dezembro de 1992, e disse que não perdoou os autores do crime. A filha da autora Gloria Perez foi morta pelo ator Guilherme de Pádua e sua mulher na época, Paula Thomaz.

"Esse ano faz 30 anos do assassinato da Dani. A gente supera uma morte por acidente, uma morte por doença, a gente suporta uma morte de um ente querido... Mas quando é assassinato... eu posso conviver com isso, mas superar é outra coisa", disse ele em entrevista ao canal Connect Cast no YouTube.

"Não sou espiritualmente evoluído a ponto de perdoar. Como diz a Gloria [Perez], 'nem Jesus perdoava'. Eu vou perdoar? Quem sou eu para perder? O cara dá 18 facadas na minha mulher e eu vou perdoar? Logo depois, está livre", continuou o artista.

Gazolla ainda falou que a versão de Guilherme de Pádua, que afirmou estar tendo um caso com a atriz, não é verdadeira. "O assassino diz que teve um caso com a Dani e que foi um crime passional, mas foi provado que ele nunca teve caso com ela. Isso nunca foi verdade", completou.

O artista diz que não concorda que os autores do crime estão soltos, e ainda relembrou que Paula Thomaz mudou seu nome após o caso e se formou em Direito na mesma faculdade que Daniella. "Assassina é assassina, apesar de a lei dizer que eles estão com ficha limpa, serão sempre assassinos", completou.

Na época do crime, a Justiça determinou que Guilherme e Paula pagassem R$ 480 mil para Gloria Perez. "Eles agora foram condenados a pagar uma multa pelo assassinato da Dani. Mas não existe dinheiro que pague uma lágrima que a Gloria e eu passamos", relembrou.

RELEMBRE O CASO

Daniella fazia sua terceira novela quando foi morta pelo ator Guilherme de Pádua, seu par romântico na trama, e a então mulher dele, Paula Thomaz. Os dois armaram uma emboscada para a atriz e a mataram com tesouradas, em 28 de dezembro de 1992, quando Daniella tinha 22 anos.

O crime chocou o Brasil, e Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram condenados por homicídio qualificado depois de cinco anos. O casal deveria cumprir a pena de 19 anos de prisão --que foi reduzida e extinta antes do previsto. Em 2006, em entrevista à Folha, Guilherme disse que, mesmo livre há sete anos, se sentia preso.

"Continuo preso. Fui uma espécie de exemplo de justiça superexposto pela mídia, em um país repleto de impunidade. A verdade é que fiz bobagens, mas sou inofensivo, e por isso as pessoas não têm medo de me agredir na rua. Já chegaram a me cuspir no rosto, em um shopping", disse Pádua.

Em 2017, Guilherme de Pádua se tornou pastor da igreja evangélica em Belo Horizonte. O ex-ator se converteu à religião em 2002, um ano depois de sair da prisão em que cumpria a pena pelo assassinato de Daniella.

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