Adriane Galisteu pede desculpas após usar termo racista em comentário
Apresentadora respondeu post de amamentação de Nanda Costa
A apresentadora Adriane Galisteu, 48, se manifestou em seu perfil no Instagram sobre o comentário que fez em foto de Nanda Costa. Ela pediu desculpas pela mensagem que enviou, que trazia o termo racista "ama de leite", que remete às escravizadas cuja principal função era amamentar os filhos dos senhores.
"Amores, passando por aqui para pedir desculpas por um termo errado, inadequado, que eu usei quando eu estava falando sobre amamentação em um post da Nanda Costa. Então, a quem eu magoei, me perdoe pela minha ignorância", afirmou em seus stories nesta segunda (28).
"Também quero aproveitar e dizer que não adianta, que eu não vou vestir um terno que não cabe em mim. E se tem um terno que não veste em mim é o da racista, o da preconceituosa, essa não sou eu e esse terno eu não visto de jeito nenhum."
O comentário foi feito em post sobre maternidade em que Nanda Costa, mãe de gêmeas, pediu para as seguidoras contarem a experiência mais difícil que tiveram. Algumas mulheres citaram a privação de sono, exaustão mental, falta de rede de apoio e, principalmente, a amamentação.
E foi a partir desse último tópico que Galisteu deixou seu registro: "Amamentação. Eu fui toda animada feliz, quando me dei conta, tinha ama de leite em casa me ajudando a lidar! Não foi fácil não". Assim que publicou, dezenas de usuários do Instagram responderam criticando o teor racista do comentário.
"Na verdade você não deve ter compreendido o que Nanda Costa disse. Ela se referia a essa encarnação, e não àquela em que você foi uma sinhá que possuía inúmeras escravas que davam seus peitos aos seus filhos enquanto os delas morriam de fome. Se liga, mulher", escreveu uma internauta. "Apaga ou explica, que está feio demais", disse outro perfil.
Entre os críticos estava o ativista Antonio Isuperio, que classificou o comentário da apresentadora como "extremamente violento". "Esta prática colonial herança da escravidão era parte da violência que repercute em nossas vidas até hoje. Muitos dos meus irmãos morreram por serem alimentados com farinha de mandioca quando o leite de nossas mães era usado para alimentar a casa grande."
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