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Celebridades

Marcos Veras diz que reprises são 'como comemorar algo bom nesse período'

Ator está em 'Pega Pega' e 'Escolinha do Professor Raimundo'

Marcos Veras Divulgação

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São Paulo

Pai coruja e de primeira viagem, o ator Marcos Veras, 41, diz que a arte e sua família o salvaram durante a pandemia. Em reprise na Globo com a novela “Pega Pega” (2017) e o humorístico “A Escolinha do Professor Raimundo” (2015), ele aprendeu a usar as redes sociais a seu favor, e agora celebra o avanço da vacinação e a possibilidade de desenvolver novos projetos.

“Viva o velho normal”, diz o ator. Para ele, uma pessoa “de muitos amigos”, o período do isolamento social está sendo definido por uma palavra: saudade. Veras afirma que, neste momento, gosta de rever as reprises para sentir o gostinho da arte, “é como se pudéssemos comemorar algo bom nesse período”.

O artista considera ter mais maturidade para ver seus trabalhos antigos agora, com o passar do tempo. “Agora eu estou assistindo ‘Pega Pega’, e apesar de ser uma novela que tem quatro ou cinco anos, eu estou adorando. Tem coisas que eu não tinha visto e estou vendo hoje.”

Além dos trabalhos no ar, o artista também está no elenco da série “Filhas de Eva”, disponível no Globoplay. No papel do jornalista Fábio, ele se envolve com Lívia, protagonista e personagem da atriz Giovanna Antonelli, 45. “Adorei ter feito porque estava vindo de um trabalho com mais humor, que é a novela ‘Verão 90’ (2019).”

Veras pontua que a temática de empoderamento feminino e os personagens sérios deram um tom importante para a série. Ele relembra que os 12 episódios foram gravados entre novembro de 2019 e fevereiro de 2020, “em um período que só ouvíamos falar de coronavírus na China”, diz em entrevista ao F5, “era algo muito distante”.

O ator comenta que o projeto dirigido por Leonardo Nogueira e que conta com Renata Sorrah, 74, e Vanessa Giácomo, 38, no elenco, tem nível de séries internacionais. “Às vezes esquecemos de prestigiar e ver com os olhos mais abertos as séries que nós fazemos e fazemos muito bem, acredito que ‘Filhas de Eva’ se encaixa nisso.”

Ele diz ser necessário prestigiar mais a produção artística brasileira, e cita as séries “Onde Está Meu Coração?” e “Sessão de Terapia” como outros trabalhos com nível elevado. “Falamos muito das séries lá de fora que são incríveis e ótimas, mas as nossas também não deixam nada a desejar.”

Ainda trabalhando em produções nacionais, o artista irá lançar a comédia romântica “Um Casal Inseparável” (GloboFilmes). No longa-metragem de Sergio Goldenberg ele será protagonista ao lado de Nathalia Dill, 35. “É uma comédia para a família inteira, mas principalmente para os apaixonados.”

Ele diz que o projeto foi gravado no Rio de Janeiro, no início de 2020, também antes da pandemia de coronavírus. Para o artista, o ambiente solar e divertido do filme irá fazer “quem já está apaixonado ficar mais, e quem não está apaixonado sair de lá com vontade de se apaixonar”.

O filme será lançado exclusivamente nos cinemas no dia 9 de setembro. “Quanto mais para o fim do ano, mais segurança as pessoas vão ter e mais pessoas estarão vacinadas, pelo menos com a primeira dose”, reflete o artista. Ele diz que apesar de gostar das plataformas de streaming, “nada substitui uma ida ao cinema”.

Veras também pretende lançar produções próprias. Durante a pandemia, ele criou a produtora Diplomata Filmes, em conjunto com dois amigos, Zé da Silva e Dino Cantelli. O primeiro projeto será um curta-metragem, previsto para ser filmado em dezembro, sobre a passagem do escritor do clássico “O Pequeno Príncipe”, Antoine de Saint-Exupéry (1900 - 1944), por Florianópolis, em Santa Catarina.

Além disso, ele comenta que aprendeu a usar as redes sociais para diminuir a saudade que sente de estar com pessoas. “Sou de estar junto”, explica, “resisti fazer lives no início porque primeiro tava todo mundo fazendo, segundo porque talvez eu me negasse a viver esse momento”.

No entanto, agora ele faz as Liveras, que consistem em chamadas de vídeo pelo Instagram, feitas com a galera. “A maioria não é com nenhum especialista, nenhum famoso”, explica. O artista comenta que em alguns casos traz especialistas para comentar sobre assuntos importantes, mas que em sua maioria não.

Para Veras, as redes sociais são de extrema importância. Ele comenta que, apesar do lado ruim que a Internet pode ter, o contato on-line é importante para debater assuntos como LGBTQIA+fobia, racismo e tantos outros. O ator cita o caso de denúncia de violência feita Pamella Holanda, 27, contra seu ex-marido, DJ Ivis, 29, através das redes.

“A rede social prestou um serviço de alguma forma, é usar as redes sociais inclusive como denúncia”, afirma. Ele brinca que na sua visão, as redes são como uma “revista eletrônica”. “Quase um apanhado do que é importante para as pessoas: ser feliz, lutar, curtir a vida, mas também diminuir na medida do possível a desigualdade.”

O ator comenta que publica de tudo nas suas próprias redes, desde fotos descontraídas em um fim de tarde até um “pelo amor de Deus, não vejo a hora desse governo acabar”, comenta. Ele afirma achar importante artistas se posicionarem, mas de forma genuína, após estudar e conhecer o assunto. “Não publicar por impulso, mas sim, publicar por responsabilidade”, completa Veras.

Para além de todas as adaptações no período de pandemia, o ator afirma que encontrou sua felicidade diária em seu filho Davi, que logo completará um ano de idade. “Minha conexão com o meu filho é desde o 1º mês de gravidez, e só aumenta”, diz ele.

O bebê é fruto da união do artista com Rosane Mulholland. “Curti muito a gravidez da Rosane, por estarmos em casa e ficarmos juntos, acho que a conexão também aumentou muito”, completa. Ele afirma que se sente um pai muito presente e que ama sentir essa “montanha-russa de emoções”. “Estou vivendo um momento maravilhoso com o meu filho.”

Para o futuro, o artista se prepara para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19, e além de sua produtora, ele não dá muitos detalhes, mas afirma que pretende voltar aos palcos do teatro, com três produções engatilhadas, produzir um podcast com uma veia cômica e que também irá gravar uma novela no início de 2022.

“A arte e a família que me seguraram nesse período”, comenta ele que afirma que “dias melhores virão, não é possível!”. O artista torce para que a vacinação avance e a pandemia seja controlada. ”Tô com saudade do velho normal, não gostei do novo normal”, completa.​

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