Rita Lee tem resultados 'positivos e substanciais' após diagnóstico de câncer
Marido da cantora de 73 anos dá notícias sobre câncer de pulmão dela
Marido da cantora Rita Lee, 73, o músico Roberto de Carvalho, 68, usou o perfil do Instagram da mulher para revelar que os resultados positivos após o diagnóstico de câncer de pulmão da artista já estão acontecendo.
“Aproveito para dizer que amo profundamente minha mulher e o que eu puder fazer para que ela fique boa, em ações e orações, farei, com muita determinação, foco, fé, carinho e dedicação”, começou. Ambos são casados há mais de 40 anos.
“Obrigado a todos pelas inúmeras mensagens de apoio, solidariedade e continuemos nesta corrente positiva porque os resultados positivos já existem e são substanciais”, concluiu o músico ao publicar uma imagem antiga do casal.
No dia 20 de maio veio a público a informação de que Rita Lee recebia diagnóstico de tumor no pulmão esquerdo após passar por exames de rotina no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
"Nossa Rita submeteu-se a um check-up no hospital Israelita Albert Einsten, em São Paulo. Os exames apontaram um tumor primário no pulmão esquerdo", dizia o comunicado, que citava ainda que a artista estava "bem assistida por uma junta médica".
De acordo com a nota, Rita Lee é atendida pelos médicos Óren Smaletz, José Ribas M. de Campos, Carmem Silvia Valente Barbas e Ícaro Carvalho. Diz ainda que a artista estava em casa e que faria os tratamentos de imunoterapia e radioterapia. "Agradecemos as orações e luz divina."
Em entrevista à Folha, em agosto de 2020, Rita Lee disse que estava sozinha no sítio, no interior de São Paulo, com um namorado que a “aguenta há 43 anos”. Ao lado de Roberto de Carvalho, aliás, também tem escrito muita música. “Roberto e eu temos uma coleção de demos inéditas e caseiras que daria para fazer três discos. Nós deixamos o palco, mas a música da dupla continua firme e forte.”
ENTENDA SOBRE O CÂNCER DE RITA LEE
Este tipo de câncer atinge 30 mil brasileiros por ano e em 90% dos casos está relacionado a cigarro, segundo o Inca ( Instituto Nacional do Câncer).
A oncologista e presidente da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), Clarissa Mathias, diz que o tumor primário é quando ele começa no próprio órgão. “Ele não veio de outro órgão, não foi uma metástase [quando o câncer se espalha pelo organismo atingindo outros órgãos]”, explica.
Clarissa diz que as chances de cura vão depender muito do tipo de câncer no pulmão, do estágio da doença e da resposta do tratamento. O tratamento adotado pela equipe médica que atende a cantora é uma combinação de radioterapia e imunoterapia, segundo comunicado divulgado em seu perfil na rede social.
Segundo a oncologista, a imunoterapia é um enorme avanço no tratamento do câncer e seu uso está aprovado há cerca de quatro anos no Brasil. “A imunoterapia é um dos tratamentos mais modernos e eficazes para câncer de pulmão. Ela destrava o sistema imunológico do organismo e ele próprio reconhece as células do câncer e o combate”, explica
O oncologista clínico e presidente do Instituto Oncoclínicas, Carlos Gil Ferreira, diz que o diagnóstico precisa ser individualizado e preciso para que a imunoterapia funcione. Segundo ele, conhecendo as células cancerígenas as medicações vão agir para fortalecer o sistema imunológico combatendo a doença.
“Antes, o que ocorria era a destruição total das células, inclusive as saudáveis, para a eliminação do mal. Agora, o tratamento é focado, o que aumenta as chances de sucesso e qualidade de vida", afirma o oncologista clínico.
A presidente da SBOC afirma que a imunoterapia pode ser utilizada isoladamente ou associada à quimioterapia ou radioterapia. “Existem vários tipos de tratamento para o câncer e de acordo com a característica do tumor, perfil molecular [características únicas do câncer em um paciente] e estágio da doença”.
Já a radioterapia, a que Rita Lee está sendo submetida, é um tratamento que utiliza radiações para destruir câncer e evitar que as células aumentem. “É feito com uma uma máquina com aplicação de radiação para controle local da doença”.
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