Estrelas do pop britânico fazem abaixo-assinado por livre circulação na União Europeia
Após Brexit, artistas são obrigados a garantir visto para circular pelos países do bloco
Devido ao Brexit, os músicos não podem mais circular livremente entre o Reino Unido e a União Europeia para suas turnês, o que gerou protestos de estrelas como Dua Lipa e Thom York.
O líder do Radiohead chamou o governo de Boris Johnson de "brando", e Tim Burgess, líder do grupo indie The Charlatans, acusou o Executivo de "tratar os artistas com (...) desprezo".
Nesta segunda (11), porém, o governo britânico anunciou que propôs à União Europeia "um ambicioso acordo sobre viagens de negócios temporárias que teria coberto os músicos", mas que foi recusado. A oferta concedia uma isenção de visto de três meses para artistas e criadores, em busca de melhores condições.
Segundo o jornal The Independent, que citou uma fonte europeia em Bruxelas —onde fica a sede oficial do bloco—, foi o Reino Unido que rejeitou uma proposta padrão da UE.
Assim, com o fim da livre circulação entre o continente e o Reino Unido a partir de 1º de janeiro, todos os músicos agora devem obter vistos individuais antes de viajar para qualquer país da União Europeia, e todos eles, no caso de uma turnê continental. Este é um processo que implica custos adicionais em tempo e dinheiro.
Uma petição ao governo e ao Parlamento, pedindo isenção de visto para profissionais da música e outros artistas, coletou mais de 247 mil assinaturas até o momento.
Várias estrelas, incluindo Louis Tomlinson (One Direction), Thom Yorke (Radiohead) e Dua Lipa, pediram o apoio dos fãs ao abaixo-assinado.
A indústria musical britânica já está devastada pela pandemia da Covid-19, e as novas restrições contra o coronavírus adiaram, por tempo indeterminado, o retorno às salas de concerto, turnês e festivais.
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