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Celebridades

Julgamento do cantor R. Kelly por abuso sexual é adiado para julho

Músico enfrenta acusações de abuso sexual que remontam há mais de duas décadas

O cantor R. Kelly, ao centro
O cantor R. Kelly, ao centro - Daniel Acker-6.jun.2019/Reuters
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Jonathan Stempel
Nova York e São Paulo
Reuters

Uma juíza federal adiou nesta quinta-feira (6) o julgamento de R. Kelly, 53, por extorsão, abuso sexual e suborno para 7 de julho, em Nova York, para não entrar em conflito com outro julgamento do cantor em um caso separado de Chicago.

A juíza distrital Ann Donnelly, do tribunal federal do Brooklyn, em Nova York, disse que a data prevista do julgamento em Chicago para o dia 27 de abril fez com que a data de 18 de maio para iniciar o julgamento no Brooklyn fosse “um tanto irreal”.

Kelly, que as autoridades federais detiveram em Chicago, participou da audiência no Brooklyn por videoconferência vestindo uma camisa laranja de manga curta com gola em V sobre uma camiseta branca.

Seu advogado Douglas Anton apoiou o adiamento, citando evidências “volumosas” para a revisão, e que os advogados de defesa de Kelly “nem sabem quem são as duas supostas vítimas”.

Conhecido por sucessos como “I Believe I Can Fly” e “Bump N ‘Grind”, Kelly enfrenta acusações de abuso sexual que remontam há mais de duas décadas, incluindo relatos de acusações no documentário da Lifetime de janeiro de 2019 “Surviving R Kelly”. No documentário de seis horas, várias mulheres acusam o cantor de ter tido relações sexuais com três adolescentes de menos de 16 anos quando ele já era maior de idade.

Ele se declarou inocente de todas as acusações criminais em vários casos apresentados em Nova York, Illinois e Minnesota no ano passado. Os promotores do Brooklyn acusaram Kelly de administrar um esquema criminal no qual mulheres e meninas menores de idade foram recrutadas para praticar sexo com ele.

Outras testemunhas afirmam que Robert Sylvester Kelly, seu nome de batismo, cercava-se de mulheres que transformou em escravas sexuais e que hoje estão totalmente isoladas de seus familiares

FAITH RODGERS

Em janeiro deste ano, uma das supostas vítimas de R. Kelly, a cantora Faith Rodgers disse ter sido ameaçada pelo músico americano e por sua equipe depois de processá-lo na Justiça. A cantora afirmou ter sido vítima de "intimidação e represália" por parte do artista, após tê-lo processado. Ela disse ter conhecido R. Kelly em março de 2017 depois de um dos seus shows. Na época, a jovem tinha 19 anos.

Agora com 20 anos, Faith apresentou uma ação em maio de 2018 para obter uma indenização de R. Kelly. Ela afirma que o cantor iniciou "sexo não consentido, doloroso e abusivo" e omitiu a informação de que tinha herpes genital. Ela o acusa de tê-la contaminado.

Faith Rogers fala à impressa sobre R. Kelly
Faith Rogers fala à impressa sobre R. Kelly - Don Emmert/AFP

Faith Rodgers também acusa R. Kelly e sua equipe de ter criado uma página no Facebook para desacreditá-la, publicando fotos de ambos tiradas em um lugar privado. As afirmações foram dadas à imprensa por sua advogada, Gloria Allred, que também representa outras duas supostas vítimas do bem-sucedido músico e produtor. A página foi apagada pela rede social algumas horas depois de sua criação.

A equipe de Rodgers disse ainda que R. Kelly escreveu uma carta para sua advogada Lydia Hills, ameaçando a cantora de apresentar evidências médicas de que ela contraiu a doença depois de ter relações sexuais com outro homem.

A mãe de Rodgers declarou que ela e seu marido também foram ameaçados. O advogado de R. Kelly, Steve Greenberg, disse à AFP que a suposta carta é "uma total invenção".

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