Frota sugere que Pabllo deveria ser ministra no lugar de Damares: 'Faria muito melhor'
Ideia surgiu após drag ser escolhida como uma das líderes da nova geração pela Time
Alexandre Frota, 56, sugere Pabllo Vittar, 24, para o lugar de Damares Alves, 55, à frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O deputado federal, atualmente no PSDB, manifestou essa opinião respondendo a uma matéria da revista Isto É Gente sobre a escolha da drag queen como uma das líderes da nova geração pela Time.
O conteúdo deu destaque a uma frase da artista na entrevista concedida à publicação norte-americana, na qual dizia "sentir vergonha de ser brasileira por causa desse presidente". Frota, que quando venceu a eleição em 2018 era filiado ao PSL e um forte apoiador de Jair Bolsonaro (PSL), resolveu então se manifestar no Twitter.
"Pablito Vittar tem vergonha de ser brasileiro por causa do Bolsonaro. Pabllo Vittar, não tenha vergonha de ser brasileira e sim de ter o Bolsonaro como presidente. Entre na luta para tirá-lo. Você no lugar da Damares faria muito melhor", sugeriu Frota, alfinetando também a atual ministra.
Os comentários na postagem vão do deboche a perplexidade. Já Pabllo não se pronunciou até o momento. A artista foi escolhida pela revista por seu ativismo na luta pela igualdade dos direitos LGBTQ+.
VIRADA À ESQUERDA
O GPS Ideológico, ferramenta da Folha que indica a posição ideológica de influenciadores no Twitter de acordo com sua base de seguidores, constatou que o novo perfil de Alexandre Frota no Twitter teve uma virada à esquerda.
Sua conta antiga, de 160 mil seguidores e deletada também em agosto, marcava, em maio, 83,05 de 100 possíveis no GPS Ideológico. Quanto mais próximo a 100, mais à direita se qualifica o perfil.
A nova conta, de apenas dois meses e 15 mil seguidores, registra, hoje, 40,5 no GPS Ideológico, ou seja, uma variação de 43 pontos à esquerda. Com isso, ele orbita agora o que se pode entender como centro-esquerda, ao lado de Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Paes e Cristovam Buarque.
Os números do GPS Ideológico traduzem o comportamento de Alexandre Frota em 2019, oposto ao de fiel escudeiro nas eleições de 2018. Ainda no início do ano, ele espremeu laranjas no plenário da Câmara, em alusão ao escândalo do laranjal do PSL, revelado pela Folha.
Com o tempo, acirrou as críticas, e sua permanência no partido ficou insustentável. Acabou expulso do PSL em agosto. Poucos dias depois, ingressou no PSDB, sob a bênção do governador de São Paulo, João Doria.
Como tucano, Frota soltou de vez o freio de mão. Sua atuação no Twitter assemelha-se a de um militante disposto a tudo para enfraquecer o governo Bolsonaro.
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