Celebridades

Após agressão, Evandro Santo registra queixa e rebate: 'Nunca baixei a cabeça por ser gay'

Comediante falou sobre infância e que não apoia Bolsonaro

Evandro Santo - Reprodução/Instagram/
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São Paulo

​O comediante Evandro Santo, 44, registrou um boletim de ocorrência na tarde desta segunda-feira (21) por conta de uma agressão sofrida durante uma apresentação em Marília, no interior paulista. Ele também postou um vídeo em suas redes sociais rebatendo críticas que estaria recebendo. 

Segundo o artista, ele realizava seu show normalmente na última sexta-feira (18), quando chamou duas pessoas da plateia para participarem de um número. Durante a brincadeira ele deu um selinho nos dois, um homem e uma mulher, que desceram do palco depois sem demonstrar nenhum problema. 

Já no intervalo da apresentação, Evandro conta que estava no banheiro, quando o homem que havia subido ao palco, identificado como Pedro, se aproximou, chamou-o de “viado” e lhe deu um soco na boca. “Eu achei que ele vinha pra bater papo, tirar sarro, tirar foto”, afirmou o humorista em seu Instagram. 

Por conta do ocorrido, o artista esteve no DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa), em São Paulo, e registrou uma queixa de lesão corporal. “Vou até o fim com todos os processos possíveis. Em nome do respeito ao próximo, a não-violência do próximo e a anti-homofobia”, já havia afirmado ele no fim de semana.

Em suas redes sociais, Evandro desabafou sobre o ocorrido novamente nesta segunda e aproveitou para rebater críticas de estaria se aproveitando da comunidade LGBTQI: “Sou gay desde os seis anos. Apanhei muito por imitar a Gretchen, porque tinha voz fina, porque andava rebolando. As pessoas na escola me batiam, jogavam goiaba”. 

"Minha mãe brigou comigo por que troquei o judô pelo balé. Sempre fui muito gay (...) Nunca baixei a cabeça por ser gay. E sempre tive amigos, tanto héteros quanto gays. Entrei no Pânico [programa de humor da rádio Jovem Pan] como gay. Eles queriam um gay forte, que falasse sobre isso".

O comediante também falou que, diferente do que estão dizendo, ele não apoia o presidente Jair Bolsonaro e que seu candidato nas últimas eleições era Ciro Gomes. Apesar disso, ele não votou porque estava confinado no programa A Fazenda (Record). 

Ele também falou sobre a violência contra os gays, mas salientou que não é um problema apenas da comunidade LGBTQI: “Me espanta um gay apanhar, mas me espanta também uma mulher levar um soco na cara porque não deu o celular a um ladrão, me espanta um Uber assaltado, perdendo todo o dinheiro que ganhou, me espanta uma menina de minissaia ser considerada biscate e receber cantadas grosseiras”.

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