Luca Bueno, filho de Galvão, sonha ser cineasta à lá Tarantino e quer fazer filme do pai
Estudante de cinema, de 18 anos, diz que vai trilhar carreira em Hollywood
Engana-se quem pense que, na família do narrador Galvão Bueno, 69, todo mundo é esportista. Luca Bueno, 18, filho do locutor, quer seguir carreira de cineasta, de diretor de cinema, sobretudo em Hollywood. De acordo com ele, que iniciou em agosto os estudos em uma universidade de Orlando, onde mora há três anos, seu maior sonho é produzir seus próprios longas.
“Desde os sete anos eu faço curtas-metragens. Aos seis anos eu assisti ‘Jurassic Park’ e me apaixonei por aquilo. Desde então crio coisas, às vezes publico, outras guardo para mim. Eu tento sempre estar com uma câmera na mão”, conta.
Segundo Bueno, Galvão é um dos seus apoiadores. Aliás, não foram poucas as vezes em que o filho tentou produzir filmes com o pai atuando. “Mas nunca deu certo. Ele achava que era igual TV ao vivo, só tinha uma chance e pronto. Eu pedia para repetir e ele não tinha paciência”, diverte-se. “Tenho vontade de fazer um filme da vida do meu pai. Nunca sentamos para conversar sobre isso, mas espero que um dia saia do papel”, almeja.
No futuro, após a faculdade, Luca quer abrir a sua própria produtora de cinema. “Meu diretor preferido que serve de inspiração é o Tarantino. Quero que meu filme chame a atenção das pessoas não só pela história, mas também pela minha direção”, conta. Em maio, ele publicou na internet um curta-metragem de nome “Amor” (confira mais abaixo).
E depois que tiver uma trajetória consolidada nos Estados Unidos, Luca voltaria ao Brasil para ajudar o cinema nacional. “Eu vejo que o Brasil tem muito potencial, mas qualidade de filmes não chegou onde poderia estar. E acho que a causa disso é que quando diretor ou ator se destaca e o público gosta ele vai para os Estados Unidos. É igual jogador que vai à Europa. Vou tentar fazer o percurso inverso: vou focar em Hollywood e quando tiver tudo volto”, analisa.
Atualmente, Bueno mora em Orlando com um dos irmãos, Leonardo, que trabalha no clube de futebol Orlando City. Ele tem mais três irmãos, dois deles são automobilistas, Popó e Cacá Bueno, e uma irmã, Letícia, que é empresária.
Desde pequeno que Luca tem sua casa rodeada de celebridades e esportistas. E desde sempre ele se acostumou a, por exemplo, jogar videogame na casa do piloto Felipe Massa e a conversar com o ex-jogador Ronaldo, amigos do pai. Ele revela que teve uma infância diferente, mas que recebeu muito amor. “Eu não os via como ídolos, mas como amigos. O Massa contava várias histórias.”
Ele conta que, por mais que tenha um pai narrador de esportes, nunca passou pela cabeça dele seguir esses passos. “Amo futebol, mas me apaixonei cedo pelo cinema. Meu pai sempre falou para eu fazer o que amava e continua falando. Me apoia muito. Quando estamos juntos assistimos filmes. Tento ter uma vida paralela à dele, meus irmãos conseguiram, e eu estou em outro país. Se Deus quiser um dia poderia me tornar o melhor diretor e ele o melhor narrador”, aponta Luca, que atualmente alimenta um canal no YouTube com quase um milhão de inscritos com vídeos que mostram sua rotina.
Recentemente, em seu canal, ele divulgou um clipe no qual canta com um amigo músico. Porém, foi só uma parceria despretensiosa. Nada de virar cantor. A canção, aliás, de nome “Vou te Chamar”, foi usada pelo comediante Marcelo Adnet nos intervalos dos jogos da Copa América. Marcelo Adnet imitava narradores da Globo, inclusive Galvão, e dançava ao som do filho dele.
“Foi muito louco a repercussão disso. Eu estava vendo o jogo, mas quando apareceu eu havia ido ao banheiro. Quando voltei meu celular estava travando de tanta mensagem. Amigos falando que me viram na Globo. Vi e fiquei feliz”, conta.
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