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Sting faz apelo a Bolsonaro: 'Imploramos a revisão de suas políticas ambientais'

Ativista há mais de 30 anos, músico inglês escreveu carta aberta ao presidente brasileiro

Sting
Sting - Jorge Guerrero/AFP
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São Paulo

O músico inglês Sting, 67, escreveu uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais para chamar atenção sobre queimadas na Amazônia

O artista sempre foi ativista das causas ambientais e é fundador da Rainforest Foundation, que há 30 anos tem como missão proteger as florestas tropicais das Américas do Sul e Central, trabalhando diretamente com as comunidades indígenas. Sting lembra que sempre trabalhou ao lado do povo amazonense e índios da região. 

"Reza a lenda que o Imperador Nero 'tocava lira enquanto Roma queimava.' Enquanto obviamente nos arrepiamos com os fatos duvidosos de que um homem tão estúpido poderia ter sido um músico, nenhum de nós, eu incluso, poderia ser complacente com as dimensões trágicas do desastre que toma conta da Floresta Amazônica enquanto escrevo", inicia Sting, na carta.

Ao longo do texto, ele acusa o presidente de abrir a Amazônia para o desmatamento e a exploração comercial, além de minimizar a reação global às queimadas que vêm sendo noticiadas.

"Apelamos para o governo brasileiro mudar as políticas que abriram a Amazônia para exploração. Retórica nacionalista foi um dos motivos que inflamou as chamas que ameaçam engolir o mais importante laboratório de vida do planeta. Infindáveis espécies estão em risco iminente de extinção". 

Sting ainda refuta a polêmica acerca do erro de considerar a Amazônia o pulmão do mundo. "Pode não ser anatomicamente correto, mas convém com o significado e que é algo vital e insubstituível na cadeia do bem-estar de nosso planeta e o estreitamento crescente dos vetores climáticos com os quais a vida humana pode sobreviver. Simplesmente não podemos arcar com as queimadas", define o artista.  

O inglês cita o presidente ao falar que ele não é amigável com o povo indígena e que "está voltando atrás de acordos de preservação de terra já assinados, abrindo territórios e desmantelando organizações de direitos científicos e humanos no Brasil para permitir isso" e pede que ele mude de atitude.

"Nós imploramos para ele a revisão de suas políticas e mudança de suas ações e retórica incendiária antes de ser tarde demais. Não existe tempo para tocar lira: o mundo está queimando."

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