Celebridades

Paulo Coelho comenta boneco inflável de Sergio Moro: Super-Homem não é um juiz, é um repórter

Escritor se manifestou em rede social

O escritor brasileiro Paulo Coelho na fundação que leva seu nome, em Genebra
O escritor brasileiro Paulo Coelho na fundação que leva seu nome, em Genebra - Niels Ackermann/Lundi13 - 29.abr.18/Folhapress
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São Paulo

O escritor Paulo Coelho, 71, publicou imagem nesta segunda-feira (29) em uma rede social, em que critica os manifestantes que comparam o ministro Sergio Moro ao Super-Homem. Na ilustração, há a seguinte frase: "Talvez, você não tenha percebido, mas o Super-Homem não é um juiz, é um repórter. Coincidência?"

A imagem que, segundo Coelho afirma nos comentários, foi achada na internet faz uma alusão também ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, responsável pela publicação de reportagens com base em diálogos vazados de Moro e de procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

Na tarde de sexta-feira (26), apoiadores do ex-juiz inflaram o boneco super-Moro e pregaram faixas com frases favoráveis ao ex-ministro em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para demonstrar apoio a ele e à Operação Lava Jato.

Mesmo após a divulgação de diálogos atribuídos ao então juiz e a procuradores da Lava Jato, Moro é aprovado por 52% da população, segundo pesquisa Datafolha feita no início de julho

Em março, Coelho já tinha se manifestado contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Ele publicou texto no jornal americano Washington Post sobre como foi preso e torturado pela ditadura militar brasileira. O artigo foi escrito como reação à orientação de Bolsonaro para que quartéis celebrem o golpe de março de 1964.  

Em entrevista à Folha em abril de 2018, Coelho pediu para não falar de política por "desencanto". "Parece que o intelectual tem a única função de assinar manifesto". Na ocasião, apesar de se mostrar decepcionado com Lula e com a esquerda, ele disse que achava a história do tríplex "mal contada". O Poder Judiciário no Brasil ficou visível demais, quando ele não o é em nenhum país. As pessoas [os juízes] terminam tendo que atender a certos clamores."

"Se tiver que resumir a história da minha vida: esquerda, passeatas, gás lacrimogêneo, Marx, Engels, Heidegger. Depois, manual de guerrilha, aquelas coisas, e então a fase hippie. Logo em seguida o Raul [Seixas, de quem foi parceiro musical]. Não teve uma volta minha para a esquerda", disse ele, em outro trecho da entrevista.  

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