Vencedora do Oscar, Mira Sorvino afirma ter sido vítima de estupro e cobra leis mais duras pelo crime
Atriz é uma das artistas que acusou Harvey Weinstein de assédio sexual
A atriz Mira Sorvino, 51, afirmou nesta quinta-feira (13) que já foi vítima de estupro e cobrou leis mais fortes para casos de agressão sexual. Ela afirmou, durante coletiva ao lado do governador de Nova York, Andrew Cuomo, que não daria mais detalhes sobre o ocorrido, mas que resolveu revela-lo para ajudar outras vítimas.
“Estou fazendo isso para tentar ajudar, tem muitos sobreviventes que precisam de Justiça, precisam saber que podem levar o tempo necessário para resolver o trauma, superar a vergonha”, disse, segundo informações do jornal The Guardian. “Posso dizer que, em estupro de segundo grau, que foi o meu caso, você se sente envergonhado. Você sente que foi sua culpa”.
Em Nova York, o estupro em segundo grau envolve vítimas que não podem consentir a atividade sexual, seja por causa de sua idade, capacidade mental ou estado de embriaguez. Ainda de acordo com The Guardian, existe um movimento pedindo mudanças na lei para tornar mais fácil para as vítimas provarem queixas de assédio.
Sorvino, que ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por “poderosa Afrodite” (1996), foi uma das primeiras artistas a acusar o produtor de Hollywood Harvey Weinstein, 6de assédio sexual no ano passado. Segundo ela, falar publicamente sobre isso foi traumático. “Eu realmente não tinha procurado a ajuda que precisava”, afirmou.
Ao todo, dezenas de atrizes acusaram o produtor, que nega todas as alegações de sexo não consensual. No início deste ano, foi relatado que Weinstein chegou a um acordo provisório de US$ 44 milhões (cerca de R$ 169 mi) para resolver vários processos. Ele também deve ir a julgamento em setembro por conta das acusações.
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