Tatá Werneck e Bruno Gagliasso protestam contra assassinato de músico pelo Exército
Carro em que Evaldo dos Santos estava foi alvejado por 80 tiros
Bruno Gagliasso, 36, Leandra Leal, 36, Tatá Werneck, 35, Monica Iozzi, 37, e outras celebridades se manifestaram nesta segunda-feira (8) contra o assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos, 46, na tarde de domingo (7), em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro. O carro onde Santos estava foi alvejado por mais de 80 tiros disparados por militares do Exército.
Investigação do próprio Exército determinou a prisão nesta segunda (8) de 10 dos 12 militares envolvidos no crime.
A atriz e apresentadora Tatá Werneck publicou em seu Instagram a frase "80 tiros não podem ser 1 engano". Na legenda, ela colocou a hashtag #vidasnegrasimportam e escreveu: "Não venham dizer que é mimimi. 'Mimimi é a resposta mais fácil daqueles que não querem olhar para um fato. Para um crime."
Os militares envolvidos no episódio disseram que haviam sido alvo de tiros dos ocupantes do veículo. Amigos das vítimas negam a versão e afirmam que o veículo levava uma família, inclusive uma criança de sete anos. O sogro de Santos e um pedestre que passava no local e tentou ajudar ficaram feridos.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram moradores da região criticando os militares logo após os disparos. Eles dizem que o carro da família foi confundido com o de bandidos.
Em suas redes sociais, Leandral Leal questionou a ação dos militares: "Evaldo Rosa dos Santos, 51 anos. Músico. Estava indo com sua família para um chá de bebê. Foi atingido por três disparos. O Exército disparou 80 vezes, de fuzil, contra o carro de Evaldo, que carregava família e amigos. Todas as vidas importam. Até quando? A quem interessa essa política de extermínio?".
Já Monica Iozzi publicou imagem igual a postada por Tatá Werneck e cobrou uma ação do ministro Sergio Moro, responsável pela pasta da Justiça e Segurança Pública: "Aguardamos o posicionamento do ministro da Justiça".
Em outra publicação, a atriz e apresentadora questionou o fato de o próprio Exército ser o responsável pela investigação do crime e agradeceu, de forma irônica, o ex-presidente Michel Temer —foi Temer que sancionou lei em que crimes dolosos contra a vida cometido por militares são investigados pela Justiça Militar da União.
"Quando o exército mata civis inocentes, quem investiga o exército? O próprio exército. Obrigada, Michel Temer", escreveu.
Os atores Bruno Gagliasso, Leticia Colin, Débora Falabella e Alice Wegmann também se manifestaram contra o assassinato.
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