Celebridades

Paula Fernandes diz que as pessoas confundem a palavra feminista e que é 'a favor de direitos iguais'

'Somos empoderadas, mas nada de vamos ser melhores que eles'

Paula Fernandes - Divulgação/Marlos Bakker
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Apesar de afirmar que foi uma das primeiras mulheres a desbravar o universo sertanejo, até então dominado por homens, Paula Fernandes, 34, evita se intitular como feminista.

"Tem gente que confunde a palavra feminista, né. Sou a favor dos direitos iguais. Nunca acreditei que para a mulher se sobressair ela tivesse que se desfazer do homem", diz a cantora, que lançou no último dia 13 de fevereiro o EP "Hora Certa", com seis músicas inéditas. 

Para a cantora e compositora, homens e mulheres devem andar lado a lado, embora reforce que já estava na hora das mulheres serem valorizadas. 

"A gente merecia o nosso espaço. Somos mulheres empoderadas e estamos sendo reconhecidas. Mais do que justo, já estava passando da hora. Mas nada de ficar nessa de vamos ser melhores que eles ou vamos acabar com eles, porque daí já é falta de respeito."

Quando estourou em todo o Brasil, em 2009, com o CD "Pássaro de Fogo", Paula lembra que os espaços para shows não eram preparados para receber mulheres. "Tudo era feito para homem. Na hora que chegava o meu produtor e falava que precisava de um piso no palco um pouco menos esburacado, era um absurdo. [Diziam] Mas como assim? Ninguém pede isso. E ele tinha que explicar: 'Ela usa salto fino'."

Até mesmo pedir banheiro químico dentro do camarim não era bem visto no meio musical.  "Porque era uma dama, uma menina [que estava ali]. Isso soou mal entre aspas, no princípio, porque ninguém estava acostumado."  

Ela afirma que foi "boi de piranha" para essa nova geração de cantoras sertanejas, que estouraram em todo o Brasil a partir de 2015, como Marília Mendonça, Naiara Azevedo, e as duplas Maiara e Maraisa, e Simone e Simaria. 

"O pessoal estava acostumado com homem, marmanjo. Então, tudo teve que ser adaptado. Tenho certeza de que essa nova geração não teve tanto problema. Não estou dizendo que [elas] não enfrentem preconceito ou dificuldades, porque, com certeza, ainda temos muito disso. Mas naquela época eu senti que a coisa ia mudar", afirma. 

Paula também contou que fará parcerias com duas cantoras sertanejas em um próximo trabalho, que ainda não tem previsão de lançamento. No momento, ela está em turnê pelo país com o show "Jeans".

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem