Monica Iozzi responde eleitor de Bolsonaro e diz temer governante com discurso de ódio
Atriz aderiu à campanha que chama mulheres para os atos do dia 29
A atriz Monica Iozzi, 36, rebateu críticas de um eleitor do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) em suas redes sociais nesta terça-feira (25) e disse que tem “medo de que um homem sem propostas e com tanto discurso de ódio governe o nosso país”.
A afirmação de Iozzi foi feita após ela aderir à campanha promovida por vários artistas para convocar as mulheres para irem às ruas no próximo sábado (29) em atos contra o candidato. “Não podemos ter um presidente homofóbico, machista, racista”, afirmou a atriz em um vídeo publicado em sua conta no Facebook.
Iozzi, que diz ter aderido à campanha após um desafio da colega Maria Casadevall, 31, afirmou ainda em seu vídeo que Bolsonaro “não tem competência suficiente para assumir esse cargo”. “Vamos às ruas para dizer sim à democracia, não podemos voltar atrás após ter lutado tanto para conseguir nossos direitos.”
A mensagem de Iozzi foi seguida de vários comentários de apoio e muitos outros com críticas. Alguns usavam a hashtag #EleSim, contrapondo a #EleNão usada contra Bolsonaro. Algumas pessoas ainda apontaram que artistas têm se movimentado contra o candidato por medo do fim da Lei Rouanet.
“Se você não se comove com o fato dele tratar os negros como gado, falar que mulheres devem receber menos porque engravidam ou achar que gays devem apanhar, você deveria pelo menos ler o plano de governo dele. Não há propostas reais! São um apanhado de ideias superficiais, sem nenhum tipo de análise científica”, respondeu ela.
Ela ainda salientou que o patrimônio do candidato “mais do que triplicou desde 2010, sem nenhuma explicação. Isso sem falar nos seus funcionários fantasmas ou no auxílio moradia que usou durante anos, tendo apartamento próprio. E, pra fechar com ‘chave de ouro’ ele disse que o erro da da ditadura militar foi torturar e não matar”.
"Dica: pesquise sobre os fatos que relatei acima. Tudo está em matérias jornalísticas e, na maioria das vezes, com ele próprio dizendo tais absurdos em vídeos. E, pelo amor de Deus, gente... Vocês nem sabem o que é a Lei Rouanet. Pesquisem antes de falar besteiras que 'aprenderam' em vídeos do MBL e afins".
Sancionada no início dos anos 1990, a Lei Rouanet é responsável por políticas públicas para a cultura nacional, incluindo incentivos fiscais para ações culturais.
FAMOSAS
Além de Iozzi, várias outras artistas também aderiram à campanha e têm chamado seguidoras para os atos que devem acontecer em várias cidade no próximo sábado. Entre elas estão Bruna Linzmeyer, Paula Lavigne, Leticia Colin, Dira Paes, Letícia Sabatella, Nanda Costa, Lan Lanh.
“Ele não porque meu corpo de mulher e sapatão merece andar na rua sem ser violentada e eu mereço ganhar o mesmo salário que um homem, que tem a mesma profissão que eu, ganha”, diz Bruna Linzmeyer em seu vídeo.
A campanha com a hashtag #EleNão começou na última semana e chegou a famosas como Daniela Mercury. Ela convidou Anitta a se posicionar, que, por sua vez pediu que Preta Gil, Claudia Leitte e Ivete Sangalo também se posicionassem.
Outras celebridades foram alvo de “fake news” e tiveram seus nomes associados à campanha do candidato do PSL. Sandy, Rogério Ceni, Guga e Silvio Santos estampam fotos de uma corrente de WhatsApp com frases favoráveis a Bolsonaro.
No exterior, Dua Lipa, do hit “New Rules”, Nicole Scherzinger, ex-Pussycat Dolls, e Dan Reynolds, vocalista do Imagine Dragons, também compartilharam a hashtag #EleNão, movimentando a indústria cultural internacional.
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