Elenco de 'Guardiões da Galáxia' divulga carta de apoio ao diretor James Gunn após sua demissão
Gunn foi cortado do terceiro filme da franquia por tuítes ofensivos
O elenco do filme "Guardiões da Galáxia" divulgou, nesta segunda-feira (30), uma carta conjunta em que declara total apoio ao diretor James Gunn, demitido na última semana por ter publicado mensagens ofensivas em sua conta no Twitter, entre 2008 e 2011.
“Ficamos chocados com a abrupta demissão da semana passada e esperamos dez dias para responder para que pudéssemos pensar, rezar, escutar e discutir sobre o assunto”, afirma a mensagem assinada por Chris Pratt, Zoe Sandana, Bradley Cooper, Vin Diesel, Dave Bautista, Pom Klementieff, Karen Gillan, Sean Gunn e Michael Rooker.
“Nesse tempo, fomos encorajados por fãs e membros da mídia que gostariam de vê-lo [James Gunn] de volta à direção do terceiro filme da série, assim como desencorajados por aqueles que foram levados a acreditar nas bizarras teorias da conspiração sobre ele”, continua a nota.
Os atores ainda dizem que não apoiam as piadas publicadas pelo diretor anos atrás, mas destacam que não poderiam deixar esse momento passar sem expressar amor, apoio e gratidão a James. “Seu pedido de desculpas, acreditamos ser de coração, um coração que todos nós conhecemos, acreditamos e amamos”, dizem.
A carta também fala sobre o julgamento público que tem acabado com reputações e propõe uma maior reflexão sobre a responsabilidade que cada um tem consigo mesmo e com os outros ao se expressar nas redes sociais.
Gunn, que dirigiu os dois filmes de “Guardiões da Galáxia” e deveria voltar para o terceiro filme da franquia, tem sido um aberto crítico do presidente Donald Trump e atraiu a ira de conservadores, que foram à sua página e desenterraram os tuítes.
Jack Posobiec do Daily Caller e o comentarista de direita Mike Cernovich estão entre os que recuperaram as mensagens.
“Muitas pessoas que acompanham a minha carreira sabem onde eu comecei. Eu me via como alguém provocador, fazendo filmes e contando piadas que eram ultrajantes e tabus”, escreveu Gunn no Twitter após o reapaerecimento dos tuítes, que tratavam de questões tabu, como estupro e pedofilia.
“Assim como debati publicamente muitas vezes, me desenvolvi como pessoa, e o mesmo aconteceu com meu trabalho e meu humor”, disse ele, que deletou sua conta e afirmou ser alguém “muito, muito diferente” da pessoa que escreveu os tuítes, e que agora se concentra mais no amor do que na raiva.
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