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Celebridades

Em campanha de roupa íntima, Bruno Gagliasso desconstrói estereótipos de masculinidade

Ator afirma que propagandas de cueca pregam um modelo de homem inalcançável

Bruno Gagliasso no comercial da Mash
Bruno Gagliasso no comercial da Mash - Reprodução
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São Paulo

Propagandas de moda íntima exigem modelos esbeltos, certo? Para o ator Bruno Gagliasso, 35, essa realidade já está mais que ultrapassada e precisa ser repensada. "Vivemos em uma sociedade muito mista e diversa, querer encaixar as pessoas em padrões é algo que não faz mais sentido."

Gagliasso é embaixador da Mash, marca de roupa íntima masculina, desde 2016. Neste ano, foi convidado para ajudar no reposicionamento da marca, que pretende desconstruir estereótipos de masculinidade. Para ele, homens malhados, altos e magros não representam a realidade. 

"Temos que valorizar a diversidade, respeitar e estimular, cada vez mais, que as pessoas se amem como são. [...] Não é nem rever, é acabar de vez com essa história de padrões. Chega de rótulos."

No vídeo gravado para a nova campanha publicitária da marca, diversos homens posam de cueca, ironizando os comerciais tradicionais. Os modelos escolhidos, fora dos padrões, desconstroem poses e tiram os protetores penianos.

 
 
 

"Para mim foi um alívio! Foi a primeira vez que não tive a pressão de preparar o meu corpo para estar do jeito que esperavam, dentro de padrões e, principalmente, do chamado 'corpo perfeito'. Além disso, estive à vontade para mostrar outros lados da minha personalidade", disse Bruno. 

Ele acrescenta que as melhores partes do trabalho aconteceram além do set de filmagem. Nas conversas com o grupo, ele contou, por exemplo, que usa saia e tem calça de oncinha. "Foi libertador", disse. O reposicionamento de marca foi encabeçado pela agência Soko e contou com a participação de representantes da Think Eva, núcleo de inteligência do feminino. 

OBJETIFICAÇÃO DOS CORPOS

Para Gagliasso, o que acontece nas propagandas, em geral, é uma objetificação dos corpos, que costuma ser muito pior com mulheres. Os homens, no entanto, também não estão livres desses padrões. "Nas discussões, falamos sobre como o homem é comumente colocado na posição de super-herói, infalível e inalcançável."

Ele acredita que essa objetificação, de maneira nociva, acaba "refletindo nos padrões de beleza tidos como aceitos pela sociedade". Por isso, repensar uma campanha de roupas íntimas de uma maneira mais inclusiva foi uma "experiência recompensadora". 

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