Após campanha de papel higiênico polêmica, Marina Ruy Barbosa pede desculpas
Nesta terça (24), a atriz Marina Ruy Barbosa, a Santher - Fábrica de Papel Santa Therezinha S/A e a Neogama pediram desculpas pela campanha de um papel higiênico que, inicialmente, adotou como slogan o nome de um movimento negro, o "Black Is Beautiful".
"Eu lamento muito, de verdade, e peço desculpas às pessoas que se sentiram afetadas. Estou bem triste por tudo isso e espero que entendam que jamais foi feito com a intenção de ofender", disse Marina, que estrelou a ação de marketing do produto, em publicação feita no Instagram.
Nesta segunda (23), quando a campanha começou a circular, a artista usou a rede social para divulgar o produto, mas sem a hashtag alvo de polêmica, a #BlackIsBeautiful.
Em nota enviada ao "F5", a Neogama, agência de publicidade responsável pela campanha, e a Santher, que distribui o papel Personal, afirmaram que retiraram o slogan da campanha.
No mesmo comunicado, as empresas também pediram desculpas "por eventual associação da frase adotada ao movimento negro, tão respeitado e admirado por nós."
A POLÊMICA
Criado na década de 1960 por artistas e intelectuais, o "Black Is Beautiful" surgiu nos EUA para enaltecer características físicas de negros.
"Pessoas morreram para que essa expressão fosse reverenciada até hoje. Pessoas continuam morrendo e essa expressão é mais importante e vital que nunca", disse o escritor Anderson França, contrário a campanha, em publicação feita no Facebook.
Pelo Twitter, internautas também criticaram a ideia. "No close errado de hoje, marca famosa usa o nome de movimento contra o racismo para promover uma marca de papel higiênico", disse um usuário do microblog.
"Usar #Blackisbeautiful como slogan pra vender papel higiênico, caras. Como é possível isso? Que coisa horrorosa", disse outro internauta.
MARINA RUY BARBOSA
Para protagonizar a campanha, cujas imagens foram feitas pelo fotógrafo Bob Wolfenson, Marina deixou-se fotografar enrolada no produto e de salto alto —parte do seu corpo fica aparente.
Discreta, a atriz é conhecida por não gostar de campanhas publicitárias e editorias de moda com poucas roupas.
O cachê da atriz não foi revelado, mas segundo UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, Marina cobra R$ 60 mil por menção publicitária no seu Instagram, que contabiliza mais 21 milhões de seguidores.
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