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No 'Encontro', Fátima Bernardes critica Doria por ter apagado grafites em São Paulo

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Fátima Bernardes criticou a ação do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), de apagar diversos grafites que havia na cidade, principalmente na avenida 23 de maio, e ter passado tinta cinza no lugar.

No "Encontro" desta quarta (25), data do 463º aniversário da cidade, a apresentadora afirmou que os desenhos deveriam ter sido respeitados como arte.

"É a cara de São Paulo ter essa arte de rua", disse a apresentadora, já no fim do programa.

"As pessoas estão se apropriando de um espaço que é delas, usando ali para mostrar a arte delas. É uma galeria a céu aberto. E é democrático, porque permite que o grafiteiro faça sua arte e quem passa por lá veja. Às vezes é o único contato que algumas pessoas têm com cultura", completou.

Quem também criticou Doria foi Henri Castelli, um dos convidados do programa. O ator, que está no ar em "Sol Nascente", disse que o atual prefeito da cidade deveria ter chamado diversos artistas para explicar sua decisão de apagar os desenhos.

"Achei um pouco chocante", declarou o ator. "Não pode sair fazendo isso sem critério. E eu não vi critério nenhum até agora. Ele não chamou as pessoas para conversarem", completou Castelli, que defendeu a ideia de Doria de criar "grafitódromos" na cidade.

O ator também afirmou que é muito cedo para avaliar a gestão do novo prefeito, mas pediu que ele dê mais atenção ao desemprego e à saúde e menos aos grafites. "Não precisava ter pressa [para apagá-los]", disse.

Fátima, então, leu uma nota enviada pela prefeitura ao "Encontro", na qual explica que houve, sim, um critério para apagar os desenhos. Segundo o comunicado, apenas os que estavam danificados, poluídos ou manchados tiveram a tinta cinza passada por cima.

A apresentadora, no entanto, não se convenceu da explicação e a alfinetou. "E quantas obras não são restauradas em museu? Elas não são jogadas fora. São restauradas", declarou.

protestos

Neste primeiro mês na prefeitura, Doria começou uma campanha contra pichação —atividade que pode ser enquadrada como dano ao patrimônio ou crime ambiental— e à eliminação de grafites na 23 de maio, onde essas obras compunham desde 2015 um painel de 5,4 km de extensão, segundo a gestão Fernando Haddad (PT).

A remoção dos grafites da 23 de maio, medida que começou na semana passada, provocou reação da população. Ali, o prefeito afirmou que manterá oito trechos grafitados "os demais já estão envelhecidos ou foram mutilados por pichadores", disse.

A quarta-feira amanheceu com diversos protestos contra as medidas de Doria com relação às pichações. O prefeito respondeu que considera aplicar multa pesada a quem pichar.



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